sexta-feira, 20 de junho de 2008

E o entulho vira escola

Por Bruno Poppe

Em tempos de aquecimento no mercado da construção civil, achei conveniente falar um pouco sobre um tipo de reciclagem pouco difundida. Diariamente uma cidade grande gera toneladas de entulho proveninete de obras e contruções. Todo este entulho acaba sendo depositado em lixões, a margem de rios, terrenos baldios e ruas da periferia, causando assoreamento, poluição visual, e enormes despesas para as prefeituras que acabam tendo que refazer a remoção deste entulho.

Para ter um noção estatística, um cidade como Belo Horizonte gera aproximadamente 4 mil toneladas de lixo diariamente. De todo esse lixo, cerca de 50% correponde a entulho de obras. A possibilidade de reciclagem, surge como uma alternativa altamente producente para resolver este problema e solucionar ainda outros.

Para reciclar o entulho, é necessário organizar a sua coleta e depoisitá-lo em local adequado, onde ele será tratado e liberado de impurezas como sacos plásticos, papelões, madeira e metais, que equivalem 10% do total de entulho. Sobram então os restos que serão armzenados em dois grupos: o primeiro de cimento, concreto e argamassa, que depois de triturados e peneirados nas usinas, formarão uma fina areia que será misturada a cimento novo, e pode ser utilizado na construção de prédios. O segundo grupo é formado por tijolo e telhas que já sai pronto para ser utilizado como base e sub-base na pavimentação de estradas.

Na cidade de Belo Horizonte, pioneira neste tipo de reciclagem, atividade também tem uma importante função social, já que os catadores de entulho se organizam em cooperativas e se sentem incluídos e participantes de um processo importante. Em 1 ano de reciclagem foi possível reaproveitar 116 mil toneladas de resíduos, suficientes para construir 9 prédios de 15 andares! Com isso a prefeitura conseguiu economizar 870 mil reias na compra de matéria prima.

O maior entrave à reciclagem de entulho é a vontade política, pois as soluções existem, e são comprovadamente eficientes. A primeira usina de reciclagem do Brasil fo instalada em Belo Horizonte em 1996. Com o tempo essa tecnologia se torna ainda mais eficiente , e o custo social se transforma em escolas, creches e desenvolvimento para os que agem corretamente.

Assista:

Saiba mais:
Dados técncos sobre reciclagem de entulho

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Coleta seletiva do lixo escolar, uma ação educativa

Fabiana Ferreira
A questão do lixo vem sendo apontada pelos ambientalistas como um dos mais graves problemas ambientais urbanos da atualidade, enfrentamento e alvo privilegiado de programas de educação ambiental nas escolas brasileiras. Muitos programas de educação ambiental nas escolas são implementados para redução lixo, já que, em função da reciclagem, desenvolvem apenas a Coleta Seletiva de Lixo, buscando fazer com que as pessoas desenvolvam uma reflexão crítica e abrangente a respeito dos valores culturais da sociedade de consumo.

Esta alternativa ecologicamente correta ajuda a desviar dos aterros sanitários ou lixões,resíduos sólidos que podem ser reciclados. Malena Cauduro, diretora e organizadora do projeto Povo culto cidade limpa, na cidade de Porto Alegre, Capital do estado do Rio Grande do Sul afirma que ; “ a Lata velha se transforma em uma lata nova, é melhor que uma lata a mais nos lixões. A questão do lixo é um problema de ordem cultural, dobrar a vida útil de um produto significa diminuir pela metade o consumo de energia, o lixo e a poluição que é gerada”. Vantagens econômicas são boas professoras de educação ambiental, e ainda ajudam a gerar lucros.

Hoje, 73% das latas de alumínio são recicladas no Brasil, um recorde mundial. O país produz em média 241.614 toneladas de lixo diariamente, e a composição média do lixo domiciliar tem a seguinte distribuição:
65% de matéria orgânica, 25% de papel, 4% de metal, 3% de vidro e 3% de plástico; quanto às latas de alumínio, o volume encontrado nos depósitos de lixo corresponde a apenas 1% do total dos resíduos sólidos urbanos.

Todo o material reciclável gerado nas escolas é coletado e encaminhado para as usinas de triagem, os projeto visam formar indivíduos críticos e participativos no que se diz respeito às questões ambientais, estimulando a sensibilização e a conscientização de toda a comunidade escolar,pais, alunos, educadores. Com isso, cria-se subsídios teóricos e práticos para o educador trabalhar a questão ambiental em sala de aula, de forma interdisciplinar, com treinamentos de todos os funcionários das escolas envolvidas,limpeza, secretaria, cantina. Também distribuem materiais didáticos para educadores e alunos,livretos contendo textos explicativos sobre meio ambiente e curiosidades a respeito do assunto.Sempre alertando para que o lixo reciclável gerado em casa seja levado para a escola e encaminhado para reciclagem.


Leia mais :

Rainha da Paz


Educação ambiental

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segunda-feira, 16 de junho de 2008

Biodigestores - Bom, Bonito e Barato


Por: Bruno Poppe

O Biodigestor é uma solução comprovadamente eficaz para o tratamento de esgoto em pequenas e médias propriedades. No entanto, em solo brasileiro é muito pouco utilizado, ao contrário do que acontece em outros países, onde esta solução limpa, autosustentável e agregadora comercialmente já é realidade há muitos anos.

Trata-se de um sistema que seguem os padrões de MDL (mecanismos de desenvolvimento limpo), onde todo material orgânico oriundo de pessoas e animais, são armazenados em um sistema de compostagem anaeróbico, ou seja, sem contato com o ar. Explicando: todo esgoto produzido por uma família e/ou gado deve ser direcionada para o biodigestor, onde a ação natural das bactérias irá decompor o material orgânico, que decantará para o fundo da caixa. Este sistema se diferencia das fossas pois impede que o material infiltre para os lençóis freáticos contaminando o sistema hídrico da região. O processo natural de decomposição da matéria orgânica produz o gás metano, que é inflamável e pode ser utilizado como gás de cozinha e para a geração de energia elétrica, para citar somente estas utilidades. O material que fica sedimentado no fundo é um excelente fertilizante para ser utilizado em plantações. Em sistemas mais sofisticados a água que fica na parte superior do biodgestor pode ser extraída, tratada e devolvida aos manaciais sem causar poluição, ou até mesmo utilizada para irrigação altamente nutritiva de hortas e plantações.

Nada se perde e tudo se aproveita. A eficiência deste sistema aumenta quando utilizado em criações animais. Vale citar o caso de suínos, que são os grandes vilões da poluição hídrica. O Brasil é o 4º produtor mundial de porcos. A aglomeração deste tipo de criação em algumas regiões gera enormes transtornos como o odor produzido, atração de insetos disseminadores de doenças, contaminação dos lençóis freáticos com coliformes fecais e a liberação de CO2 para atmosfera, No caso de utilização de biodigestores, todos esses malefícios são convertidos em economia direta, garantindo rápidamento o retorno do investimento. As soluções estão aí, basta colocá-las em prática.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Salvar, prolongar e intensificar a vida no Planeta Terra

Fabiana Ferreira

Nos últimos 150 mil anos o planeta Terra passa por seqüências de eras glaciais. A diminuição do número de vacas para a produção do leite impactaria positivamente para meio ambiente, pela diminuição na emissão de gases poluentes pelo gado. Sem falar que isto ajuda e muito na redução do aquecimento global. Tendo em vista que 78% do devastamento da Amazônia foi feito para a criação de pastos, o biólogo Rodrigo Cezar afirma que a “ poluição causada por uma vaca leiteira equivale a 16 pessoas, e que o uso de equipamentos tecnológicos corretos para produção de leite faz com que o produtor tenha uma maior produtividade com um número menor destes animais, obtendo resultados positivos para com a diminuição do desmatamento e liberação de gás metano ” .

Para criar pastagens é preciso desmatar, o que leva conseqüentemente à erosão e exaustão do solo, com aumento de gases que contribuem para o efeito estufa, além da redução de flora e fauna decorrente da mudança do solo. As vacas liberam metano, gás importante para o fenômeno estufa, através de flatus e fezes aumentando a poluição atmosférica. O gado produz 100 milhões de toneladas anuais de metano, a eliminação do excremento é um problema por si só, e geralmente causa poluição de rios e do subsolo, contribuindo também para a formação da chuva ácida.

A amônia dos currais reage com o dióxido de enxofre, presente no ar em países desenvolvidos produzindo sulfato de amônia que ataca as folhas e se converte em ácidos nítrico e sulfúrico quando atinge o solo. Os fertilizantes nitrogenados muito solúveis usados na produção de ração para vacas leiteiras podem contaminar os lençóis de água, fertilizantes nitrogenados e detritos animais são as duas principais causas do excesso de plantas em lagos e rios causando crescimento excessivo das plantas. Sua decomposição consome todo o oxigênio da água, causando mau cheiro e matando a vida existente. Está mais do que na hora de percebemos a real importância e os benefícios não só econômicos de protegermos a natureza, e sim em termos um futuro promissor num rico meio ambiente.

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segunda-feira, 26 de maio de 2008

Desenvolvimento sustentável é preciso


Cristina Tosta
O maior desafio atualmente para as nações de todo o mundo é continuar crescendo economicamente sem destruir o meio ambiente. Empresas, entidades não-governamentais e até cidadãos comuns já se mostram preocupados com isso. Baseiam-se na idéia de se desenvolver para suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das gerações futuras. Isto se chama desenvolvimento sustentável.
A idéia foi criada pelas Nações Unidas por meio da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento que servia para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: desenvolvimento econômico e conservação ambiental.
A sociedade mundial deve usufruir os recursos do planeta de forma consciente, sem apenas explorá-los inconseqüentemente. Senão, os resultados são cada vez mais fenômenos catastróficos, nos quais a natureza se mostra furiosa.
No Brasil, faltam medidas básicas como investimento em educação para começar a falar de desenvolvimento sustentável. Esta é a opinião do professor de geografia, Jorge Duarte. Além disso, seria importante que as pessoas também tivessem trabalho e comida para se alimentarem. “Como você vai dizer a uma pessoa para não pescar na época do defeso se ela está com fome?”, questiona o professor.
As providências sugeridas pela ONU (Nações Unidas) são muito úteis, mas deveriam sair do papel. O professor lembra que os principais poluidores, os Estados Unidos, não assinaram o protocolo de Kyoto. E por isso deveria haver uma punição mais severa para frear as emissões de poluição na atmosfera lançadas por países na mesma situação.
Ele cita dois exemplos de desenvolvimento sustentável que deram certo. Um deles é a madeira com certificação emitida pela FSC (Conselho de Manejo Florestal), uma ONG com sede no México, mas presente em 34 países cujos membros são representantes de empresas, governos e sociedade civil. Funciona da seguinte maneira: a empresa procura uma organização certificadora da FSC, que vai até a área de extração e certifica a área, não a empresa. A cada dez meses, no máximo, fazem uma inspeção para verificar o manejo sustentável, cuja orientação varia de acordo com a região a ser inspecionada, como áreas de Mata Atlântica ou de terra firme na Amazônia.O Greenpeace também possui um projeto nos moldes deste chamado “Cidade Amiga da Amazônia”.
Um outro exemplo, mas que ainda está a passos lentos, é uma pesquisa desenvolvida em Brasília pela Embrapa Cerrados que transforma esgoto em adubo fertilizante para grãos, como soja e milho.
As autoridades precisam trabalhar rápido para atingir as metas necessárias para crescer economicamente, preservando o planeta para as próximas gerações. “Há um certo exagero em torno de toda essa discussão em torno das atuais mudanças climáticas ocorridas na Terra. Porque no passado também houve essas alterações, porém o planeta não era habitado por humanos. É bom esse alarde para que as pessoas reflitam sobre o que está acontecendo e o que pode acontecer. Existem muitas contradições e uma delas é a quantidade da elevação do nível dos oceanos”, comenta Duarte.

Saiba mais sobre desenvolvimento sustentável

Dicas para o desenvolvimento Sustentável

segunda-feira, 12 de maio de 2008

O mar está invadindo Atafona




Cristina Tosta

Atafona é um distrito do município de São João da Barra, localizado no Norte Fluminense, próximo a cidade de Campos dos Goytacazes no estado do Rio de Janeiro. A combinação de sol, mar e areias monazíticas, que possui vários benefícios medicinais, atraem turistas de diversos lugares. Porém, a paisagem litorânea é de destruição. Inscrições apocalípticas nas paredes dos prédios, construções em ruínas. Ruas e quarteirões que não existem mais. E o mar avançando cada vez mais sobre a cidade.
O rio Paraíba do Sul deságua na praia de Atafona. As fortes ondas do mar invadem a cidade e o processo de erosão marinha transformou, ao decorrer dos anos, as moradias em escombros. O fenômeno ocorre desde a década de 50 e nos últimos 30 anos, mais de 150 casas, em 14 quarteirões foram destruídas.
E uma das causas desse cenário de destruição é a diminuição da força do rio Paraíba do Sul. Essa redução da vazão se deve as represas ao longo do rio que acabam por diminuir e regularizar sua força.
Os habitantes se perguntam se um dia haverá uma trégua. "O Paraíba continua secando e o mar, avançando", lamenta a vendedora Manuela Monteiro. Nascida em São João da Barra, ela viu várias casas irem a baixo. “É muito triste ver o mar e o cenário de destruição”.
Em 2003, foi iniciado o Projeto Atafona, desenvolvido pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). O objetivo é levantar dados para descobrir os principais agentes da dinâmica erosiva e para estimar a velocidade e a intensidade do fenômeno para os próximos anos. Com isso, eles tentam desvendar as possíveis causas da erosão e até mesmo saber que conseqüências o aquecimento global pode trazer à região.
"Atafona fica em uma porção do delta do rio que se projeta em direção ao mar. De pelo menos dez mil anos para cá, o delta como um todo vem avançando em direção ao oceano, tendo em sua ponta mais avançada Atafona e, portanto, sujeita aos processos erosivos", explica o geólogo e um dos coordenadores do projeto Alberto Figueiredo.

Conheça o Projeto Atafona

domingo, 11 de maio de 2008

Porque usar tecidos orgânicos?


Fabiana Ferreira
Roupas orgânicas são feitas de materiais essencialmente naturais e não sintéticos, e que fazem parte de fontes renováveis. Estes tecidos são feitos de materiais como bambu, soja, tencel, algodão, lã, cânhamo e outros feitos de plástico reciclado de garrafas pet. O material de roupas sustentável tornou-se um grande ganho para as empresas que pretendem migrar para a moda politicamente correta, ou digamos ecologicamente correta. A Associação de Comércio de Orgânicos e órgãos reguladores vêm cumprindo seus deveres em relação aos tecidos orgânicos, no que se diz respeito à produção, tingimento e ao manuseio de fibras, como por exemplo, nos tecidos de algodão, lã, seda e o cânhamo.


Os tecidos sustentáveis são produzidos fora das diretrizes e das certificações federais. O mais popular entre eles é o algodão orgânico, pois sua demanda duplicou entre os anos de 2005 e 2008. A estilista gaúcha Claudette Bastos, diz que, “ estes tecidos são muito usados em artigos pessoais, como produtos sanitários, esfregões, fraldas de bebês, roupas de cama, mesa e banho “ . Já a lã orgânica, a seda e o cânhamo são materiais populares. O cânhamo, por se tratar de uma fibra natural altamente durável de fonte renovável, é usado em vestuários, cosméticos e papéis.Para obter-se um material menos rígido, as fibras geralmente são misturadas com o algodão e seda.


Todos estes materiais acima citados possuem suas propriedades naturais anti-bactericidas e absorventes. Embora muitos tecidos possam ser lavados à máquina, os orgânicos requerem cuidados especiais, lavagem a seco ou à mão. E se possível usarem detergentes livres de fosfato e biodegradáveis e secar as roupas no varal para reduzir o consumo de energia. Algumas lavanderias utilizam PERC (percloroetileno), um solvente à base de petróleo conhecido por ser cancerígeno; outras utilizam o DF-2000, um solvente à base de hidrocarbono, prejudicial ao meio ambiente. A reutilização e a reciclagem de materiais sustentáveis fazem parte do movimento de conscientização ambiental. Os métodos da agricultura orgânica ajudam a diminuir nossa exposição a toxinas como os pesticidas e os inseticidas.



Leia mais sobre o assunto :

Roupas orgânicas


Moda Norueguesa


Ecojeans


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Reciclar é economizar energia, chega de desperdício

Fabiana Ferreira
No Brasil, cerca de 40 milhões de pneus são descartados anualmente, a utilização deste produto adquirido através da reciclagem como componente de asfalto, gera um material com qualidade superior, reduzindo custos em relação ao asfalto que é usado normalmente nas estradas e vias públicas brasileiras. Após a degradação de forma indiscriminada contra o meio ambiente, os seres humanos começam a olhar a natureza com outros olhos.

Vendo que precisam urgentemente ou, pelo menos tentarem reduzir o impacto ambiental que se agrava cada vez mais, em questão as condições de sobrevivência das futuras gerações. Por isso, hoje em dia existe uma mudança de atitude em relação à recauchutagem de pneus, que causam sérios impactos ambientais. Segundo o biólogo Alexandre Busfiha , " vários benefícios do reaproveitamento deste material, vêm sendo usado como componente em asfalto, combustível de fornos de cimento proporcionando economia de energia e uma enorme redução de custos, sem falar na maior elasticidade e durabilidade para nossas estradas " .

O Brasil está em 2º lugar no ranking mundial de recauchutagem de pneus, tendo total reaproveitamento desse resíduo, um mau uso deste produto não só trás danos a natureza, mas também a saúde e a qualidade de vida. Pneus abandonados em locais inadequados, muitas vezes servem de criadouros da dengue. Reciclar é economizar energia, poupar recursos naturais e trazer de volta ao ciclo produtivo o que é jogado fora, contribuindo para diminuição da poluição dos solos, água e ar. Melhora a limpeza das cidades, gera empregos direitos para população e estimula a concorrência. Contribui com a limpeza e desenvolve hábitos ecologicamente corretos.

Leia mais sobre o assunto:

Ficha técnica

Portal ambiental

São ecológicos


Vídeo :

Pneus reciclados


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segunda-feira, 5 de maio de 2008

ECOLOGIA: Salvem as baleias, os peixes e o mar


Renata Monteiro
Há seis anos, uma baleia minke foi encontrada morta na Normandia, no Norte da África, com 800 quilos de sacolas plásticas no estômago. Segundo o programa ambiental das Nações Unidas, existem 46 mil fragmentos de plástico em cada 2,5 quilômetros quadrados da superfície dos oceanos. Isso significa que a substância corresponde a 70% da poluição marinha por resíduos sólidos.

A sociedade está mais consciente dos danos que o homem tem causado ao meio ambiente no último século. Mudanças climáticas em todo o mundo têm alarmado os governantes dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Unidos, buscam soluções para minimizar as ações e conseqüências causadas pela poluição das indústrias, do lixo sólido e etc. Uma das grandes preocupações no momento são as sacolas plásticas distribuídas em todos os supermercados e lojas no mundo. Acostumadas a carregar as compras, as pessoas incorporaram as sacolas plásticas no cotidiano. Utilizam-se delas para forrar latas e abrigar o lixo doméstico. E aí começa o problema. Onde não existe a coleta seletiva, todo esse plástico termina em aterros sanitários e lixões a céu aberto, dificultando e impedindo a decomposição de materiais biodegradáveis.

Quando as sacolas saem das cidades e chegam aos rios e mares, além da poluição residual, causam o afogamento de alguns animais que confundem as sacolas com alimentos. O plástico é capaz de engasgar baleias e outros animais de pequeno, médio e grande porte, causando a sua morte.Cientistas brasileiros do Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de São Paulo (IPT/USP) desenvolveram um plástico derivado do açúcar de cana. A estimativa de decomposição do produto é de 60 dias. O custo é mais elevado, o que atrapalha previsões sobre o alcance do produto.

Leia também
Biodegradável http://www.nobelpack.com.br/
http://idgnow.uol.com.br/mercado/2007/05/21/idgnoticia.2007-05-21.8640725136/
Lixões http://www.institutogea.org.br/2b.htm
Meio ambiente http://www.mma.gov.br/
Aterros sanitários http://www.institutogea.org.br/2b.htm
Saco plástico http://pt.wikipedia.org/wiki/Saco_de_pl%C3%A1stico

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ENERGIA NUCLEAR - desenvolvimento e perigo

Bruno Poppe

A energia nuclear sem dúvida alguma é a mais controversa, é a terceira fonte mais usada no mundo, em países como França, Alemanha, Estados Unidos, Suécia, Paquistão, Índia, e muito outros, inclusive Brasil.

A energia nuclear possui vantagens como não utilizar combustíveis fósseis e não soltar gases poluentes. É considerada energia limpa. Segundo o Minsitério de Ciência e Tecnologia, a tecnologia é madura e comprovada. No Brasil é representada pelas usinas de Angra I e II, responsáveis pelo abastecimento de 40% do estado do Rio de Janeiro. O Brasil possui uma das maiores reservas do mundo de urânio, suficiente para o abastecimento doméstico e exportação de excedentes.


Embora seja considerada energia limpa, o que se discute é a real necessidade de sua utilização no Brasil, uma vez que somos tão ricos em outras possibilidades, principalmente em recursos hídricos. Uma catástrofe ocorreu na cidade de Chernoibil em 1986, quando o quarto reator da usina explodiu, ocasionando milhares de mortes, mazelas físicas às gerações futuras que se expuseram à radiação, além da inutilização de um enorme área que, até hoje é contagiosa. O lixo nuclear também é um problema muito sério, uma vez que sua armazenagem requer procedimentos específicos e dispendiosos durante muitos anos.

ENERGIA SOLAR - mal utilizada

Bruno Poppe

No Brasil o uso mais representativo é o residencial, principalmente na região sudeste, onde há sol e capital. Sim, pois a tecnologia ainda custa caro, ainda mais se levarmos em conta sua eficiência, bem menor se comparada às outras fontes tradicionais, como o gás natural.

O aquecimento de água tem sido a utilização mais corriqueira. Em Belo horizonte, já passa de mil, o número de prédios com essa tecnologia. É provável que no futuro, a captação solar já esteja presente em um grande número de residências e outros estabelecimentos. Por ser abundante, renovável e limpa, a tendência é tornar-se cada vez mais barata devido ao movimento normal do mercado tecnológico. Para se ter uma idéia, o aquecimento de água de um hotel, é responsável por 25% da energia total consumida, valor que equivale de 5% a 15% do faturamento. Em residências a economia pode chegar a 30%, principalmente onde há uso de chuveiros elétricos.

A energia solar é também uma excelente solução para áreas ermas, rurais e pouco povoadas, locais onde é inviável financeiramente a condução de energia convencional. Cerca de 15% da população brasileira ainda não tem acesso a eletricidade, principalmente nas regiões centro-oeste, norte e nordeste. Existem projetos que visam cumprir metas locais e específicas, como bombeamento de água para abastecimento domestico, irrigação e piscicultura, sistemas de uso público como iluminação de rua, escolas e hospitais, produção de gelo e dessalinização da água.

De qualquer maneira, a energia solar ainda engatinha no Brasil, mal é sabido seu potencial. Em uma escala mundial, estima-se que o sol produza diariamente energia para abastecer 10 mil vezes o consumo mundial.

Na Espanha, a Torre do Sol abastece a cidade de Sevilha. Gigantescos painéis solares concentram irradiação para um ponto de um torre com 40m de altura. É o que se tem de mais moderno em termos de energia solar. O projeto, que está em expansão, visa abastecer toda a cidade, que possui 600 mil habitantes. A companhia geradora de energia confirma que o preço do investimento é três vezes mais caro que os convencionais, mas o retorno é garantido. No futuro não haverá custos para obter combustível.

ENERGIA EÓLICA - a que mais cresce

Bruno Poppe

“Denomina-se energia eólica a energia cinética contida nas massas de ar em movimento (vento). Seu aproveitamento ocorre por meio da conversão da energia cinética de translação em energia cinética de rotação, com o emprego de turbinas eólicas, também denominadas aerogeradores, para a geração de eletricidade, ou cataventos (e moinhos), para trabalhos mecânicos como bombeamento d’água.”

Esta é a energia que mais cresce no mundo, na ordem de 20% ao ano. Somente em 2004 foram investidos 40 bilhões de dólares em energia eólica. Países como Alemanha, EUA, Dinamarca e Espanha, já possuem mais de 3000MW em energia deste tipo. O crescimento do mercado, aliado às necessidades planetárias, fez com que a Associação Européia de Energia Eólica, estabelecesse novas metas, segundo as quais, até 2020 a energia eólica deverá ser responsável pelo abastecimento de 10% de toda energia requerida no mundo.

Para que a energia eólica seja considerada tecnicamente aproveitável, é necessário que sua densidade seja maior ou igual a 500 W/m2, a uma altura de 50 m, o que requer uma velocidade mínima do vento de 7 a 8 m/s.

No Brasil possuímos um potencial eólico capaz de gerar 60000MW (Megawatts) segundo os estudos mais recentes. Um enorme potencial, que não pode ser desprezado. Atualmente a utilização deste tipo de energia no Brasil é pífia. Possuímos alguns parques eólicos, principalmente no Ceará que geram, somados, 22075 KW. E é só. Existem cerca de 95 parques eólicos outorgados pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), capazes de gerar 6500MW a espera de investimentos.

Boas notícias vêm da Espanha, que possui pouco potencial hídrico, e onde a geração de energia limpa, proveniente dos ventos, ultrapassou as demais fontes. Em horário de pico, a energia eólica respondeu por 25% do abastecimento nacional enquanto a energia nuclear e térmica a carvão respondiam por 16% e 15% respectivamente. Um avanço significativo, que antes de mais nada, vem comprovar ao resto do mundo a eficiência deste tipo de energia, e sua viabilidade econômica, conforme afirma Ricardo Baitelo, do Greenpeace.

Na região Nordeste, há um fato inusitado. As épocas do ano de menor volume hídrico, correspondem a de maior potencial eólico, estudos estão sendo desenvolvidos para que as fontes possam se complementar de acordo com a disponibilidade de cada uma. As possibilidades existem, devemos agora olhar para o futuro como países desenvolvidos, se é essa a nossa pretenção.

TERMELÉTRICA – o atraso

Bruno Poppe

As usinas termelétricas, juntamente com as usinas nucleares de Angra I e II, no Rio de Janeiro, respondem por 17% da geração de energia nacional, 80% das quais utilizam o gás natural, fóssil e não renovável, além do carvão, óleo diesel e gasolina.

Combustíveis menos poluentes, mais baratos e renováveis como a biomassa, bagaço de cana-de-açúcar e resíduos urbanos, estão sendo testados através de uma parceria entre o PNUD (Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento), Ministério da Ciência e Tecnologia e GEF (Fundo para o Meio Ambiente). Estes combustíveis já são utilizados para geração de energia das próprias usinas. Estudos estimam que a troca de combustíveis tradicionais por biomassa proporcionaria um redução de 44 milhões de toneladas nas emissões de CO2 na atmosfera. Este número equivale a 18% das 237 milhões de toneladas que o setor de transporte e geração de energia lançam anualmente. Segundo as diretrizes de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Kioto, emissões comprovadamente reduzidas geram crédito carbono, que poderiam ser vendidos a outros países, gerando um aporte de capital em torno de US$100 milhões para as termelétricas brasileiras.

As usinas termelétricas são, de longe, as que mais poluem, responsáveis por 2/3 das emissões dos gases de efeito estufa. Por mais que se realizem estudos para aumentar a eficiência da relação entre o custo e o benefício do processo, o ideal seria a diminuição gradativa destas usinas. Além da contaminação do ar, são responsáveis também por chuvas ácidas nas regiões próximas. Outro grande problema é a quantidade de água utilizada para geração do vapor, obrigatório pra o acionamento das turbinas.

Muitas empresas possuem usinas próprias, como a Bayer, Latasa, Globo, Souza Cruz, Brahma, entre outras. Seria lindo se pudéssemos ver ventiladores eólicos ou placas solares nos parques privados, ao invés de gigantescas chaminés cuspindo negra fumaça. E porque isso não acontece? Nos próximos posts, sobre as energias do futuro.


HIDRELÉTRICAS – o nosso carro chefe

Bruno Poppe

As usinas hidrelétricas são responsáveis por 80% da geração nacional de energia. Quedas d`água movem turbinas, gerando a eletricidade que dali é distribuída aos consumidores finais. Para a construção destas usinas é necessário o alagamento de grandes áreas a fim de represar a água, desviar o curso dos rios, por vezes desalojar cidades inteiras, entre outros. Embora sua construção implique em sérios danos sócio-ambientais, tem sido entendida como energia limpa, pois não produz resíduos nocivos ao meio-ambiente. Teoria que já encontra controvérsias.

Cientistas afirmam que usinas hidrelétricas emitem gases estufa.

Segundo estudo recente publicado na revista Ciência Hoje, usinas hidrelétricas contribuem na emissão de gases carbônico e metano. Isto se deve ao fato de que o material orgânico acumulado no fundo das grandes áreas alagadas, se decompõem, gerando os gases que sobem em bolhas para a atmosfera. O gás retido no tecido das plantas entram em estado de decomposição e liberam o CH4 (metano), quatro vezes mais poluente que o CO2, que seria liberado caso a matéria orgânica estivesse sobre a superfície. Segundo cientistas, este tipo de emissão corresponde globalmente a 4% das emissões de CO2 e 14% de CH4, um numero bem expressivo se levarmos em consideração a elevada toxidade do gás. O que se imaginava até então ser enegia limpa, pode não ser bem assim.

O Plano Nacional de Energia para 2030 (PNE2030) do Ministério de Minas e Energia, considera uma pequena diminuição no uso de energia proveniente de hiderlétricas, reduzindo a participação de 14,8% para 13,5% no cenário nacional. Os últimos estudos confirmam um potencial nacional hidrelétrico de 260GW (gigawatts), dos quais 174GW estariam em áreas de baixo impacto ambiental, com destaque para a região amazônica (hããã?) onde está grande parte deste potencial. Estima-se que até 2030, 94% de toda capacidade hidrelétrica nacional esteja sendo usada.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Problemas causados pela água de lastro

Fabiana Ferreira
Um dos temas mais importantes vem sendo discutido entre biólogos e a IMO – Organização Marítima Internacional. A água de lastro geralmente é recolhida na zona portuária ou em alto-mar, armazenada nos porões dos navios para dar estabilidade as embarcações quando estão navegando sem cargas. Sem esta água corre-se o risco do navio partir ao meio e afundar. Trata-se de um problema global, que causa ameaças ao equilíbrio marinho, danos ao ecossistema, à saúde humana, à biodiversidade e as atividades pesqueiras. O ponto de maior risco está localizado nos portos, pois cerca de 5 bilhões de toneladas ao ano são transferidas no mundo,onde 7 mil espécies de seres vivos são transportados por dia .

Aqui no Brasil estima-se que em média 40 milhões de toneladas de água de lastro são lançadas em nosso oceano. Mas, segundo o biólogo Alexandre Busfiha, existe uma forma de prevenção e tratamento. ” Tendo um bom gerenciamento e controle, pode se reduzir à introdução de espécies indesejáveis, efetuando a troca de água de lastro em alto - mar com uma profundidade superior a 500 metros ” . Afirmando ainda, ser um dos métodos mais efetivos e preventivos, de baixo custo e ambientalmente aceitável, pois o meio ambiente oceânico não serve de habitat a organismos de águas costeiras. Até pouco tempo atrás surgiam alguns relatos de espécies não nativas do nosso país, introduzidas através da água de lastro, bem como o molusco bivalve, um mexilhão originário da China.

Que provoca obstrução nas tubulações das companhias de abastecimento de água, entupimento de turbinas de hidrelétricas e causando enormes prejuízos. Além de afetar a pesca de populações que vivem desta ferramenta e prejudicando o sistema de refrigeração e motores de pequenas embarcações. E a boa notícia, é que o Brasil é o único membro da América Latina a alertar e incentivar os países latinos, no combate á introdução de espécies ameaçadoras aos mares .


Leia mais sobre o assunto:

Organização Marítima Internacional

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Nota dez


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segunda-feira, 21 de abril de 2008

Qual será o destino do lixo tecnológico no Brasil

Fabiana Ferreira

As pressões de organizações ambientais e de grupos de defesa do consumidor vêm surtindo efeitos positivos na eliminação dos componentes tóxicos dos eletrônicos e na responsabilização dos fabricantes pela destinação do lixo tecnológico. Embora ainda não haja punição para empresas que não trabalhem de forma responsável, existe um progresso relativo dos fabricantes na eliminação de substâncias tóxicas e na elaboração de políticas de coleta e reciclagem.


Com isso geram indiretamente informações para os consumidores interessados em escolherem fornecedores com responsabilidade sócio-ambiental. Há um projeto de Lei Nacional de Resíduos Sólidos, que tramita na Câmara dos Deputados, de fundamental importância à aprovação desta Lei. Para que possamos garantir a responsabilização dos fabricantes com a coleta de lixo seletiva, pois assim evitaremos que materiais de resíduos eletrônicos acabem indo para o lixo comum. Dessa maneira será possível interferir no sistema de produção, impondo a aplicação de tecnologias mais limpas, matéria-prima menos nociva ao meio ambiente.

Segundo pesquisa realizada pela " Escola de Administração de Empresas de São Paulo " , FGV-Fundação Getúlio Vargas, o lixo tecnológico ainda não chegou ao Brasil, talvez por falta de informação. Aqui no Brasil, receber eletrônicos para remanufaturar e doar, ou reciclar, só são praticados por fabricantes, em duas situações : máquinas que retornam após um período de aluguel - leasing, ou para peças devolvidas em período de garantia. Em São Paulo existe um Museu do Computador, que foi criado por José Carlos Valle, onde se pode encontrar verdadeiras relíquias, como equipamentos enormes dos anos 60, sem contar na coleção de softwares que estão fora de uso.

Leia mais sobre o assunto:


Museu do computador

Agência Ambiental dos EUA


Coleta Eficiente


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segunda-feira, 7 de abril de 2008

Consumir de modo responsável

Fabiana Ferreira

O Sitio do Moinho localizado em Itaipava na Serra de Petrópolis, estado do Rio de Janeiro, é um dos principais produtores de produtos orgânicos do estado, com uma área de sete hectares de terra. Através de uma consultoria para criação de uma horta, surge então o Sítio em 1989.

Com o objetivo de proporcionar a todos uma alimentação saudável, através do plantio e desenvolvimento de produtos totalmente naturais, sem o uso de aditivos químicos, o projeto cresceu devagar, na propaganda boca a boca, até que em 1997, receberam o convite para entrar nos supermercados. Com uma vasta gama de produtos como pães, verduras, legumes, laticínios, carne, grãos, cereais, sucos, conservas e ervas da horta.

Contam também com alguns importados: massas, farinha de trigo italiana, azeitonas, passas, azeite, sementes girassol, linhaça, aveia, e ervas desidratadas da Argentina. Tudo produzido sem agrotóxicos. " Importam esses produtos, ou porque o Brasil não os produz, ou porque o que existe é muito inconsistente em termos de qualidade e disponibilidade, afirma a proprietária Ângela Thompson " . Atualmente, a discussão sobre as questões ambientais, traz um nível de exigência maior, onde os orgânicos podem passar a ser visto como alimentos que não poluem, dentro de um quadro mais amplo de consumo consciente. Com a necessidade de uma alimentação saudável, há um conceito que vem sendo cada vez mais difundido, como os riscos em relação ao excesso de açúcar, gordura e alimentos processados, que podem causar riscos de doenças do coração, diabetes, etc.

Mesmo existindo desconhecimento sobre seu significado, os produtos orgânicos durante muito tempo, eram confundidos com hidropônico - um dos motivos que levou Ângela e Dick Thompson a desenvolverem um trabalho junto às escolas municipais próximas a região serrana. " As crianças aprendem a plantar dentro do conceito orgânico, onde podem cuidar, colher o que plantou e levar para casa,explicam os proprietários ". Como existem duas empresas dentro do Sitio, a horta e a comercializadora, cada um delas tem um comitê representativo que responde pelas aspirações do grupo.

Nessa questão social, as decisões são tomadas em conjunto, onde a voz do funcionário é ouvida. Existe um ponto zero a partir do qual o Sitio começa a atuar em relação aos funcionários, estabelecendo metas a serem alcançadas e há ainda, uma certificadora que monitora o desenvolvimento dessas ações.

O Sítio do Moinho também conta com outro selo, o IBD, do Instituto Biodinâmico de Desenvolvimento Rural, considerado hoje a melhor certificadora do país. Os produtos orgânicos certificados por este órgão, precisam estar em dia com a legislação trabalhista, ambiental e sanitária.Um dos pilares do conceito orgânico é o solo vivo, e a salvaguarda de vegetação nativa onde as pequenas vidas existentes tenham seu habitat preservado.

Veja também:
Sites sobre produtos orgânicos
Cia Ecológica do Brasil

Meio Ambiente: O Mal da carne

Camilla Lopes

Comer carne vermelha têm sido uma atitude não recomendada pelos ambientalistas. O motivo? O consumo da carne vermelha, sobretudo a bovina, implica indiretamente no aumento do aquecimento global. A primeira bandeira levantada pelos ambientalistas é a derrubada da mata atlântica e outros tipos de vegetação natural para pastos. Desde o lançamento do documentário An Inconvenient Truth, o ex- candidato a presidência dos Estados Unidos, Al Gore, se tornou o queridinho dos ambientalistas, por tratar em seu documentário o aquecimento global e dentro deste contexto o paradoxo do consumo da carne bovina.
De acordo com os defensores do meio ambiente, a mais inconveniente das verdades é que criar animais para fornecer carne, contribui mais para o aquecimento global do que qualquer outra atividade. “Esse tipo de alimento é um dos que mais consome recursos em sua produção. Estima-se que uma dieta baseada em carne gasta entre duas e quatro vezes mais terra que a vegetariana. Afinal, além do espaço ocupado pelo gado, é preciso plantar para que ele coma.
No mundo, cerca de 16% dos cereais e um terço da pesca são usados para fazer a ração animal. A pecuária também é acusada de ser um motores do desmatamento da Amazônia: a floresta é cortada para dar lugar a pastos.” Define o biólogo e pesquisador da USP, Rogério Tavares.
E se a adoção da salada ocorresse hoje? E se fosse mundial? O impacto imediato seria na economia, pois o consumo de carne movimenta bilhões de dólares por ano no mundo. No Brasil, estados como Goiás, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, os principais pecuaristas do pais, perderiam receitas. Seriam perdas de mais de 1 bilhão de reais em exportações por ano, haveria queda no emprego e na renda de muita gente. A criação é a única fonte de receita para cerca de 20 milhões de pessoas no mundo, segundo um relatório da Organização das Nações Unidas sobre o assunto. Só para se ter uma idéia, o PIB da pecuária foi de 53 bilhões de reais em 2007.

Há outra forma de poluição pela carne bovina: o tratamento que é dado a ela. Para ser processada e vendida a uma cadeia de lanchonetes, por exemplo, existem várias etapas até que esta carne vire um hamburguer. É adcionado pedaços dos intestinos do gado, e com isso, clorifórmio fecais podem parar em um Big Mac. Além desse detalhe, os matadouros estão na mira do Ministério da Agricultura, não só pelas más condições de higiene, como também pelo despejo de restos na natureza, sobretuto nos rios e em lugares como o Nordeste, nos manguezais. Consciência ambiental também é se tornar vegetariano. Pois segundo Rogério Tavares, “é impossível comer carne e ser ambientalista ao mesmo tempo.”
Saiba mais sobre o assunto em:

ECOLOGIA: Fim dos lixões

Renata Monteiro

O projeto de construção dos Aterros Sanitários dá partida através de três consórcios. Teresópolis, Carmo, São José do Rio Preto e Sumidouro formam consórcio na Região Serrana. No Sul-Fluminense, uniram-se Vassouras, Barra do Piraí, Valença e Rio das Flores. Na Baixada Fluminense, Paracambi, Paulo de Frontin, Mendes e Japeri se consorciaram para a implantação de Aterro Sanitário Intermunicipal

O
Ministério do Meio Ambiente investiu R$ 1,2 milhão no programa de construção de aterros sanitários, enquanto a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) entrou com R$ 40 milhões e o Governo do Estado do Rio com R$ 20 milhões.

O objetivo do projeto é acabar com 75
lixões existentes no estado. De acordo com o Prefeito de Vassouras, Eurico Junior, a construção dos aterros sanitário trará uma vida mais digna às comunidades vizinhas aos lixões - que deixarão de conviver com mau cheiro, e o risco de dividir espaço com urubus e roedores, além de preservar o Meio Ambiente.

“Os aterros sanitários são a melhor solução para o lixo que não pode ser reciclado e nem reaproveitado, é uma área preparada para receber o lixo e tratar os gases resultantes da decomposição protegendo o solo, a água e o ar.”

Leia mais:
Disque Pneu:
http://www.ambiente.rj.gov.br/pages/sup_qual_amb/qualidade_projetos/qualidade_disque_pneu.html

Coleta Seletiva:
http://www.ambiente.rj.gov.br/pages/outros_projetos/outrosproj_coletaseletiva.html

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segunda-feira, 31 de março de 2008

A preocupação social e ambiental das empresas no Brasil



Fabiana Ferreira

Tirar uma idéia da cabeça e colocá-la no papel com a missão de fazê-la prosperar, é um dos grandes desafios da Biomater.Uma empresa preocupada com responsabilidade social corporativa do país, crendo que sustentabilidade só é possível com boas práticas financeiras, ambientais e sociais.Mostrando seus ideais, através de matérias primas renováveis, com menos impacto e custos, desenvolvendo produtos a base de biopolímeros renováveis e biodegradáveis.Quando usado este tipo de material, o processo de compostagem, deixa de gerar para o meio ambiente gás carbônico, eliminado assim o efeito estufa.

Com parceria da Universidade Federal de São Carlos, Embrapa, entre outras instituições e empresas, a Biomater vem desde o ano de 2005, aprimorando seu desenvolvimento a nível global.Contando com atividades de pesquisas e desenvolvimentos tecnológicos, para produção de Bioplásticos.Consistindo em produzir concentrados de amidos termoplásticos em diversos tipos de matérias primas à base de milho, cana de açúcar, mandioca, batata e soja.Transformando-os em filmes, laminados, fibras e outros produtos para o mercado de embalagens. Preocupa-se com iniciativas importantes e espontâneas que pretendam implantar e operar um programa de coleta seletiva em vários estados do país. Além disso, colabora para a criação de uma verdadeira indústria de plásticos e embalagens sustentável.Materiais que ajudam a diminuir o impacto ambiental e de manufatura de muitos outros, e principalmente dos plásticos convencionais oriundos do petróleo, projetos totalmente voltados para embalagens ecologicamente corretas. Descartamos no meio ambiente, inúmeros materiais sintéticos que a natureza leva dezenas ou centenas de anos para degradar.Uma família brasileira joga fora em média, a cada dia 47 quilos de plástico e 74 quilos de vidro.Melhor seria rejeitar embalagens desnecessárias, e optar por produtos cuja embalagem seja reciclável e reutilizável, e empregue o mínimo possível de material.

Exemplo de produtos eco - eficientes:
Menor consumo de matérias – primas e maior índice de conteúdo reciclável; Produção não poluidora e matérias não tóxicas (tecnologia limpa). O consumidor precisa ser informado e formado, para exigir comprometimento das empresas produtoras, ou seja, poder reciclar não significa que podemos continuar consumindo em demasia, acreditando que esta técnica irá resolver tudo.O objetivo é chegar ao consumo responsável e ambientalmente sustentável.


Veja também
:

Site Biomater, materias a base de matérias-primas
http://www.biomater.com.br/

Site dos Plásticos Naturalmente Degradáveis
http://www.resbrasil.com.br

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terça-feira, 11 de março de 2008

Praias imundas, e a culpa é nossa.

Bruno Poppe



“Olha o biscoito, salgado e doce…”, “olhaí limão e mate…”, “sanduiche natural”, são muitas as opções quando bate aquela fome depois de horas sob o sol das belas praias cariocas, e ninguém pensa duas vezes antes de chamar o “moço” e fazer o seu pedido.


Saciados, o que fazer com os restos do que sobra? Muitos sugerem como solução trazer sacos plásticos de casa, e ao sair da praia depositá-lo na caçamba coletora mais próxima. Mas ao que parace isso não vem ocorrendo. Não há, em qualquer local da orla, um trecho imune a ação virótica do homem. A pergunta que sempre me vêm à cabeça é “por que?”, já que essa é uma solução das mais simples, e ainda que o egoísmo humano prevaleça, o benefício ainda assim seria nosso.


Em primeiro lugar pode não parecer tão prático levar o tal saquinho, fácil de esquecer. Mesmo assim o lixo pode ter o destino correto, nada impede que o depositemos, com nossas próprias mãos, no local adequado ao sair da praia. Eventualmente, poderíamos até recolher aquele que o vizinho mal-educado “esqueceu”.


Pode minimizar o problema, a certeza de que após um domingo ensolarado, aparecerão os soldados da COMLURB para varrer as areias, e assim os frequentadores da praia transferem uma responsabilidade que deveria ser dele. Essa é uma filosofia antiga, que requer um novo tipo de pensamento mais condizente às atuais exigências do planeta e do ser humano, a quem cabe, em uma primeira instância, atingir uma grau mínimo de civilidade.


As consequências vêm a galope. Praias infrequentáveis como nas últimas semanas, onde poderíamos encontrar detritos humanos de todo tipo, tanto água como na areia, que por sua vez atraem pombos e moscas, que por sua vez atraem doenças, criando um ecossistema esdrúxulo e insustentável, quase uma auto-indulgência coletiva.


Segundo a COMLURB, a cada fim de semana de sol, são recolhidas 200 toneladas de lixo da orla carioca, gerando uma custo que equivale a 2,4% da receita total da empresa. Dinheiro que poderia ser melhor aplicado ao nosso conforto. Em troca, poderíamos dar uma merguho saudável, sem sair com um saco plástico na cabeça ou uma micose no pé.