sexta-feira, 20 de junho de 2008

E o entulho vira escola

Por Bruno Poppe

Em tempos de aquecimento no mercado da construção civil, achei conveniente falar um pouco sobre um tipo de reciclagem pouco difundida. Diariamente uma cidade grande gera toneladas de entulho proveninete de obras e contruções. Todo este entulho acaba sendo depositado em lixões, a margem de rios, terrenos baldios e ruas da periferia, causando assoreamento, poluição visual, e enormes despesas para as prefeituras que acabam tendo que refazer a remoção deste entulho.

Para ter um noção estatística, um cidade como Belo Horizonte gera aproximadamente 4 mil toneladas de lixo diariamente. De todo esse lixo, cerca de 50% correponde a entulho de obras. A possibilidade de reciclagem, surge como uma alternativa altamente producente para resolver este problema e solucionar ainda outros.

Para reciclar o entulho, é necessário organizar a sua coleta e depoisitá-lo em local adequado, onde ele será tratado e liberado de impurezas como sacos plásticos, papelões, madeira e metais, que equivalem 10% do total de entulho. Sobram então os restos que serão armzenados em dois grupos: o primeiro de cimento, concreto e argamassa, que depois de triturados e peneirados nas usinas, formarão uma fina areia que será misturada a cimento novo, e pode ser utilizado na construção de prédios. O segundo grupo é formado por tijolo e telhas que já sai pronto para ser utilizado como base e sub-base na pavimentação de estradas.

Na cidade de Belo Horizonte, pioneira neste tipo de reciclagem, atividade também tem uma importante função social, já que os catadores de entulho se organizam em cooperativas e se sentem incluídos e participantes de um processo importante. Em 1 ano de reciclagem foi possível reaproveitar 116 mil toneladas de resíduos, suficientes para construir 9 prédios de 15 andares! Com isso a prefeitura conseguiu economizar 870 mil reias na compra de matéria prima.

O maior entrave à reciclagem de entulho é a vontade política, pois as soluções existem, e são comprovadamente eficientes. A primeira usina de reciclagem do Brasil fo instalada em Belo Horizonte em 1996. Com o tempo essa tecnologia se torna ainda mais eficiente , e o custo social se transforma em escolas, creches e desenvolvimento para os que agem corretamente.

Assista:

Saiba mais:
Dados técncos sobre reciclagem de entulho

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Coleta seletiva do lixo escolar, uma ação educativa

Fabiana Ferreira
A questão do lixo vem sendo apontada pelos ambientalistas como um dos mais graves problemas ambientais urbanos da atualidade, enfrentamento e alvo privilegiado de programas de educação ambiental nas escolas brasileiras. Muitos programas de educação ambiental nas escolas são implementados para redução lixo, já que, em função da reciclagem, desenvolvem apenas a Coleta Seletiva de Lixo, buscando fazer com que as pessoas desenvolvam uma reflexão crítica e abrangente a respeito dos valores culturais da sociedade de consumo.

Esta alternativa ecologicamente correta ajuda a desviar dos aterros sanitários ou lixões,resíduos sólidos que podem ser reciclados. Malena Cauduro, diretora e organizadora do projeto Povo culto cidade limpa, na cidade de Porto Alegre, Capital do estado do Rio Grande do Sul afirma que ; “ a Lata velha se transforma em uma lata nova, é melhor que uma lata a mais nos lixões. A questão do lixo é um problema de ordem cultural, dobrar a vida útil de um produto significa diminuir pela metade o consumo de energia, o lixo e a poluição que é gerada”. Vantagens econômicas são boas professoras de educação ambiental, e ainda ajudam a gerar lucros.

Hoje, 73% das latas de alumínio são recicladas no Brasil, um recorde mundial. O país produz em média 241.614 toneladas de lixo diariamente, e a composição média do lixo domiciliar tem a seguinte distribuição:
65% de matéria orgânica, 25% de papel, 4% de metal, 3% de vidro e 3% de plástico; quanto às latas de alumínio, o volume encontrado nos depósitos de lixo corresponde a apenas 1% do total dos resíduos sólidos urbanos.

Todo o material reciclável gerado nas escolas é coletado e encaminhado para as usinas de triagem, os projeto visam formar indivíduos críticos e participativos no que se diz respeito às questões ambientais, estimulando a sensibilização e a conscientização de toda a comunidade escolar,pais, alunos, educadores. Com isso, cria-se subsídios teóricos e práticos para o educador trabalhar a questão ambiental em sala de aula, de forma interdisciplinar, com treinamentos de todos os funcionários das escolas envolvidas,limpeza, secretaria, cantina. Também distribuem materiais didáticos para educadores e alunos,livretos contendo textos explicativos sobre meio ambiente e curiosidades a respeito do assunto.Sempre alertando para que o lixo reciclável gerado em casa seja levado para a escola e encaminhado para reciclagem.


Leia mais :

Rainha da Paz


Educação ambiental

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segunda-feira, 16 de junho de 2008

Biodigestores - Bom, Bonito e Barato


Por: Bruno Poppe

O Biodigestor é uma solução comprovadamente eficaz para o tratamento de esgoto em pequenas e médias propriedades. No entanto, em solo brasileiro é muito pouco utilizado, ao contrário do que acontece em outros países, onde esta solução limpa, autosustentável e agregadora comercialmente já é realidade há muitos anos.

Trata-se de um sistema que seguem os padrões de MDL (mecanismos de desenvolvimento limpo), onde todo material orgânico oriundo de pessoas e animais, são armazenados em um sistema de compostagem anaeróbico, ou seja, sem contato com o ar. Explicando: todo esgoto produzido por uma família e/ou gado deve ser direcionada para o biodigestor, onde a ação natural das bactérias irá decompor o material orgânico, que decantará para o fundo da caixa. Este sistema se diferencia das fossas pois impede que o material infiltre para os lençóis freáticos contaminando o sistema hídrico da região. O processo natural de decomposição da matéria orgânica produz o gás metano, que é inflamável e pode ser utilizado como gás de cozinha e para a geração de energia elétrica, para citar somente estas utilidades. O material que fica sedimentado no fundo é um excelente fertilizante para ser utilizado em plantações. Em sistemas mais sofisticados a água que fica na parte superior do biodgestor pode ser extraída, tratada e devolvida aos manaciais sem causar poluição, ou até mesmo utilizada para irrigação altamente nutritiva de hortas e plantações.

Nada se perde e tudo se aproveita. A eficiência deste sistema aumenta quando utilizado em criações animais. Vale citar o caso de suínos, que são os grandes vilões da poluição hídrica. O Brasil é o 4º produtor mundial de porcos. A aglomeração deste tipo de criação em algumas regiões gera enormes transtornos como o odor produzido, atração de insetos disseminadores de doenças, contaminação dos lençóis freáticos com coliformes fecais e a liberação de CO2 para atmosfera, No caso de utilização de biodigestores, todos esses malefícios são convertidos em economia direta, garantindo rápidamento o retorno do investimento. As soluções estão aí, basta colocá-las em prática.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Salvar, prolongar e intensificar a vida no Planeta Terra

Fabiana Ferreira

Nos últimos 150 mil anos o planeta Terra passa por seqüências de eras glaciais. A diminuição do número de vacas para a produção do leite impactaria positivamente para meio ambiente, pela diminuição na emissão de gases poluentes pelo gado. Sem falar que isto ajuda e muito na redução do aquecimento global. Tendo em vista que 78% do devastamento da Amazônia foi feito para a criação de pastos, o biólogo Rodrigo Cezar afirma que a “ poluição causada por uma vaca leiteira equivale a 16 pessoas, e que o uso de equipamentos tecnológicos corretos para produção de leite faz com que o produtor tenha uma maior produtividade com um número menor destes animais, obtendo resultados positivos para com a diminuição do desmatamento e liberação de gás metano ” .

Para criar pastagens é preciso desmatar, o que leva conseqüentemente à erosão e exaustão do solo, com aumento de gases que contribuem para o efeito estufa, além da redução de flora e fauna decorrente da mudança do solo. As vacas liberam metano, gás importante para o fenômeno estufa, através de flatus e fezes aumentando a poluição atmosférica. O gado produz 100 milhões de toneladas anuais de metano, a eliminação do excremento é um problema por si só, e geralmente causa poluição de rios e do subsolo, contribuindo também para a formação da chuva ácida.

A amônia dos currais reage com o dióxido de enxofre, presente no ar em países desenvolvidos produzindo sulfato de amônia que ataca as folhas e se converte em ácidos nítrico e sulfúrico quando atinge o solo. Os fertilizantes nitrogenados muito solúveis usados na produção de ração para vacas leiteiras podem contaminar os lençóis de água, fertilizantes nitrogenados e detritos animais são as duas principais causas do excesso de plantas em lagos e rios causando crescimento excessivo das plantas. Sua decomposição consome todo o oxigênio da água, causando mau cheiro e matando a vida existente. Está mais do que na hora de percebemos a real importância e os benefícios não só econômicos de protegermos a natureza, e sim em termos um futuro promissor num rico meio ambiente.

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segunda-feira, 26 de maio de 2008

Desenvolvimento sustentável é preciso


Cristina Tosta
O maior desafio atualmente para as nações de todo o mundo é continuar crescendo economicamente sem destruir o meio ambiente. Empresas, entidades não-governamentais e até cidadãos comuns já se mostram preocupados com isso. Baseiam-se na idéia de se desenvolver para suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das gerações futuras. Isto se chama desenvolvimento sustentável.
A idéia foi criada pelas Nações Unidas por meio da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento que servia para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: desenvolvimento econômico e conservação ambiental.
A sociedade mundial deve usufruir os recursos do planeta de forma consciente, sem apenas explorá-los inconseqüentemente. Senão, os resultados são cada vez mais fenômenos catastróficos, nos quais a natureza se mostra furiosa.
No Brasil, faltam medidas básicas como investimento em educação para começar a falar de desenvolvimento sustentável. Esta é a opinião do professor de geografia, Jorge Duarte. Além disso, seria importante que as pessoas também tivessem trabalho e comida para se alimentarem. “Como você vai dizer a uma pessoa para não pescar na época do defeso se ela está com fome?”, questiona o professor.
As providências sugeridas pela ONU (Nações Unidas) são muito úteis, mas deveriam sair do papel. O professor lembra que os principais poluidores, os Estados Unidos, não assinaram o protocolo de Kyoto. E por isso deveria haver uma punição mais severa para frear as emissões de poluição na atmosfera lançadas por países na mesma situação.
Ele cita dois exemplos de desenvolvimento sustentável que deram certo. Um deles é a madeira com certificação emitida pela FSC (Conselho de Manejo Florestal), uma ONG com sede no México, mas presente em 34 países cujos membros são representantes de empresas, governos e sociedade civil. Funciona da seguinte maneira: a empresa procura uma organização certificadora da FSC, que vai até a área de extração e certifica a área, não a empresa. A cada dez meses, no máximo, fazem uma inspeção para verificar o manejo sustentável, cuja orientação varia de acordo com a região a ser inspecionada, como áreas de Mata Atlântica ou de terra firme na Amazônia.O Greenpeace também possui um projeto nos moldes deste chamado “Cidade Amiga da Amazônia”.
Um outro exemplo, mas que ainda está a passos lentos, é uma pesquisa desenvolvida em Brasília pela Embrapa Cerrados que transforma esgoto em adubo fertilizante para grãos, como soja e milho.
As autoridades precisam trabalhar rápido para atingir as metas necessárias para crescer economicamente, preservando o planeta para as próximas gerações. “Há um certo exagero em torno de toda essa discussão em torno das atuais mudanças climáticas ocorridas na Terra. Porque no passado também houve essas alterações, porém o planeta não era habitado por humanos. É bom esse alarde para que as pessoas reflitam sobre o que está acontecendo e o que pode acontecer. Existem muitas contradições e uma delas é a quantidade da elevação do nível dos oceanos”, comenta Duarte.

Saiba mais sobre desenvolvimento sustentável

Dicas para o desenvolvimento Sustentável

segunda-feira, 12 de maio de 2008

O mar está invadindo Atafona




Cristina Tosta

Atafona é um distrito do município de São João da Barra, localizado no Norte Fluminense, próximo a cidade de Campos dos Goytacazes no estado do Rio de Janeiro. A combinação de sol, mar e areias monazíticas, que possui vários benefícios medicinais, atraem turistas de diversos lugares. Porém, a paisagem litorânea é de destruição. Inscrições apocalípticas nas paredes dos prédios, construções em ruínas. Ruas e quarteirões que não existem mais. E o mar avançando cada vez mais sobre a cidade.
O rio Paraíba do Sul deságua na praia de Atafona. As fortes ondas do mar invadem a cidade e o processo de erosão marinha transformou, ao decorrer dos anos, as moradias em escombros. O fenômeno ocorre desde a década de 50 e nos últimos 30 anos, mais de 150 casas, em 14 quarteirões foram destruídas.
E uma das causas desse cenário de destruição é a diminuição da força do rio Paraíba do Sul. Essa redução da vazão se deve as represas ao longo do rio que acabam por diminuir e regularizar sua força.
Os habitantes se perguntam se um dia haverá uma trégua. "O Paraíba continua secando e o mar, avançando", lamenta a vendedora Manuela Monteiro. Nascida em São João da Barra, ela viu várias casas irem a baixo. “É muito triste ver o mar e o cenário de destruição”.
Em 2003, foi iniciado o Projeto Atafona, desenvolvido pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). O objetivo é levantar dados para descobrir os principais agentes da dinâmica erosiva e para estimar a velocidade e a intensidade do fenômeno para os próximos anos. Com isso, eles tentam desvendar as possíveis causas da erosão e até mesmo saber que conseqüências o aquecimento global pode trazer à região.
"Atafona fica em uma porção do delta do rio que se projeta em direção ao mar. De pelo menos dez mil anos para cá, o delta como um todo vem avançando em direção ao oceano, tendo em sua ponta mais avançada Atafona e, portanto, sujeita aos processos erosivos", explica o geólogo e um dos coordenadores do projeto Alberto Figueiredo.

Conheça o Projeto Atafona

domingo, 11 de maio de 2008

Porque usar tecidos orgânicos?


Fabiana Ferreira
Roupas orgânicas são feitas de materiais essencialmente naturais e não sintéticos, e que fazem parte de fontes renováveis. Estes tecidos são feitos de materiais como bambu, soja, tencel, algodão, lã, cânhamo e outros feitos de plástico reciclado de garrafas pet. O material de roupas sustentável tornou-se um grande ganho para as empresas que pretendem migrar para a moda politicamente correta, ou digamos ecologicamente correta. A Associação de Comércio de Orgânicos e órgãos reguladores vêm cumprindo seus deveres em relação aos tecidos orgânicos, no que se diz respeito à produção, tingimento e ao manuseio de fibras, como por exemplo, nos tecidos de algodão, lã, seda e o cânhamo.


Os tecidos sustentáveis são produzidos fora das diretrizes e das certificações federais. O mais popular entre eles é o algodão orgânico, pois sua demanda duplicou entre os anos de 2005 e 2008. A estilista gaúcha Claudette Bastos, diz que, “ estes tecidos são muito usados em artigos pessoais, como produtos sanitários, esfregões, fraldas de bebês, roupas de cama, mesa e banho “ . Já a lã orgânica, a seda e o cânhamo são materiais populares. O cânhamo, por se tratar de uma fibra natural altamente durável de fonte renovável, é usado em vestuários, cosméticos e papéis.Para obter-se um material menos rígido, as fibras geralmente são misturadas com o algodão e seda.


Todos estes materiais acima citados possuem suas propriedades naturais anti-bactericidas e absorventes. Embora muitos tecidos possam ser lavados à máquina, os orgânicos requerem cuidados especiais, lavagem a seco ou à mão. E se possível usarem detergentes livres de fosfato e biodegradáveis e secar as roupas no varal para reduzir o consumo de energia. Algumas lavanderias utilizam PERC (percloroetileno), um solvente à base de petróleo conhecido por ser cancerígeno; outras utilizam o DF-2000, um solvente à base de hidrocarbono, prejudicial ao meio ambiente. A reutilização e a reciclagem de materiais sustentáveis fazem parte do movimento de conscientização ambiental. Os métodos da agricultura orgânica ajudam a diminuir nossa exposição a toxinas como os pesticidas e os inseticidas.



Leia mais sobre o assunto :

Roupas orgânicas


Moda Norueguesa


Ecojeans


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