Por: Bruno Poppe
Trata-se de um sistema que seguem os padrões de MDL (mecanismos de desenvolvimento limpo), onde todo material orgânico oriundo de pessoas e animais, são armazenados em um sistema de compostagem anaeróbico, ou seja, sem contato com o ar. Explicando: todo esgoto produzido por uma família e/ou gado deve ser direcionada para o biodigestor, onde a ação natural das bactérias irá decompor o material orgânico, que decantará para o fundo da caixa. Este sistema se diferencia das fossas pois impede que o material infiltre para os lençóis freáticos contaminando o sistema hídrico da região. O processo natural de decomposição da matéria orgânica produz o gás metano, que é inflamável e pode ser utilizado como gás de cozinha e para a geração de energia elétrica, para citar somente estas utilidades. O material que fica sedimentado no fundo é um excelente fertilizante para ser utilizado em plantações. Em sistemas mais sofisticados a água que fica na parte superior do biodgestor pode ser extraída, tratada e devolvida aos manaciais sem causar poluição, ou até mesmo utilizada para irrigação altamente nutritiva de hortas e plantações.
Nada se perde e tudo se aproveita. A eficiência deste sistema aumenta quando utilizado em criações animais. Vale citar o caso de suínos, que são os grandes vilões da poluição hídrica. O Brasil é o 4º produtor mundial de porcos. A aglomeração deste tipo de criação em algumas regiões gera enormes transtornos como o odor produzido, atração de insetos disseminadores de doenças, contaminação dos lençóis freáticos com coliformes fecais e a liberação de CO2 para atmosfera, No caso de utilização de biodigestores, todos esses malefícios são convertidos em economia direta, garantindo rápidamento o retorno do investimento. As soluções estão aí, basta colocá-las em prática.
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