Bruno Poppe
As usinas hidrelétricas são responsáveis por 80% da geração nacional de energia. Quedas d`água movem turbinas, gerando a eletricidade que dali é distribuída aos consumidores finais. Para a construção destas usinas é necessário o alagamento de grandes áreas a fim de represar a água, desviar o curso dos rios, por vezes desalojar cidades inteiras, entre outros. Embora sua construção implique em sérios danos sócio-ambientais, tem sido entendida como energia limpa, pois não produz resíduos nocivos ao meio-ambiente. Teoria que já encontra controvérsias.
Cientistas afirmam que usinas hidrelétricas emitem gases estufa.
Segundo estudo recente publicado na revista Ciência Hoje, usinas hidrelétricas contribuem na emissão de gases carbônico e metano. Isto se deve ao fato de que o material orgânico acumulado no fundo das grandes áreas alagadas, se decompõem, gerando os gases que sobem em bolhas para a atmosfera. O gás retido no tecido das plantas entram em estado de decomposição e liberam o CH4 (metano), quatro vezes mais poluente que o CO2, que seria liberado caso a matéria orgânica estivesse sobre a superfície. Segundo cientistas, este tipo de emissão corresponde globalmente a 4% das emissões de CO2 e 14% de CH4, um numero bem expressivo se levarmos em consideração a elevada toxidade do gás. O que se imaginava até então ser enegia limpa, pode não ser bem assim.
O Plano Nacional de Energia para 2030 (PNE2030) do Ministério de Minas e Energia, considera uma pequena diminuição no uso de energia proveniente de hiderlétricas, reduzindo a participação de 14,8% para 13,5% no cenário nacional. Os últimos estudos confirmam um potencial nacional hidrelétrico de 260GW (gigawatts), dos quais 174GW estariam em áreas de baixo impacto ambiental, com destaque para a região amazônica (hããã?) onde está grande parte deste potencial. Estima-se que até 2030, 94% de toda capacidade hidrelétrica nacional esteja sendo usada.
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