Bruno Poppe
“Denomina-se energia eólica a energia cinética contida nas massas de ar em movimento (vento). Seu aproveitamento ocorre por meio da conversão da energia cinética de translação em energia cinética de rotação, com o emprego de turbinas eólicas, também denominadas aerogeradores, para a geração de eletricidade, ou cataventos (e moinhos), para trabalhos mecânicos como bombeamento d’água.”
Esta é a energia que mais cresce no mundo, na ordem de 20% ao ano. Somente em 2004 foram investidos 40 bilhões de dólares em energia eólica. Países como Alemanha, EUA, Dinamarca e Espanha, já possuem mais de 3000MW em energia deste tipo. O crescimento do mercado, aliado às necessidades planetárias, fez com que a Associação Européia de Energia Eólica, estabelecesse novas metas, segundo as quais, até 2020 a energia eólica deverá ser responsável pelo abastecimento de 10% de toda energia requerida no mundo.
Para que a energia eólica seja considerada tecnicamente aproveitável, é necessário que sua densidade seja maior ou igual a 500 W/m2, a uma altura de 50 m, o que requer uma velocidade mínima do vento de 7 a 8 m/s.
No Brasil possuímos um potencial eólico capaz de gerar 60000MW (Megawatts) segundo os estudos mais recentes. Um enorme potencial, que não pode ser desprezado. Atualmente a utilização deste tipo de energia no Brasil é pífia. Possuímos alguns parques eólicos, principalmente no Ceará que geram, somados, 22075 KW. E é só. Existem cerca de 95 parques eólicos outorgados pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), capazes de gerar 6500MW a espera de investimentos.
Boas notícias vêm da Espanha, que possui pouco potencial hídrico, e onde a geração de energia limpa, proveniente dos ventos, ultrapassou as demais fontes. Em horário de pico, a energia eólica respondeu por 25% do abastecimento nacional enquanto a energia nuclear e térmica a carvão respondiam por 16% e 15% respectivamente. Um avanço significativo, que antes de mais nada, vem comprovar ao resto do mundo a eficiência deste tipo de energia, e sua viabilidade econômica, conforme afirma Ricardo Baitelo, do Greenpeace.
Na região Nordeste, há um fato inusitado. As épocas do ano de menor volume hídrico, correspondem a de maior potencial eólico, estudos estão sendo desenvolvidos para que as fontes possam se complementar de acordo com a disponibilidade de cada uma. As possibilidades existem, devemos agora olhar para o futuro como países desenvolvidos, se é essa a nossa pretenção.
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário