segunda-feira, 5 de maio de 2008

ENERGIA SOLAR - mal utilizada

Bruno Poppe

No Brasil o uso mais representativo é o residencial, principalmente na região sudeste, onde há sol e capital. Sim, pois a tecnologia ainda custa caro, ainda mais se levarmos em conta sua eficiência, bem menor se comparada às outras fontes tradicionais, como o gás natural.

O aquecimento de água tem sido a utilização mais corriqueira. Em Belo horizonte, já passa de mil, o número de prédios com essa tecnologia. É provável que no futuro, a captação solar já esteja presente em um grande número de residências e outros estabelecimentos. Por ser abundante, renovável e limpa, a tendência é tornar-se cada vez mais barata devido ao movimento normal do mercado tecnológico. Para se ter uma idéia, o aquecimento de água de um hotel, é responsável por 25% da energia total consumida, valor que equivale de 5% a 15% do faturamento. Em residências a economia pode chegar a 30%, principalmente onde há uso de chuveiros elétricos.

A energia solar é também uma excelente solução para áreas ermas, rurais e pouco povoadas, locais onde é inviável financeiramente a condução de energia convencional. Cerca de 15% da população brasileira ainda não tem acesso a eletricidade, principalmente nas regiões centro-oeste, norte e nordeste. Existem projetos que visam cumprir metas locais e específicas, como bombeamento de água para abastecimento domestico, irrigação e piscicultura, sistemas de uso público como iluminação de rua, escolas e hospitais, produção de gelo e dessalinização da água.

De qualquer maneira, a energia solar ainda engatinha no Brasil, mal é sabido seu potencial. Em uma escala mundial, estima-se que o sol produza diariamente energia para abastecer 10 mil vezes o consumo mundial.

Na Espanha, a Torre do Sol abastece a cidade de Sevilha. Gigantescos painéis solares concentram irradiação para um ponto de um torre com 40m de altura. É o que se tem de mais moderno em termos de energia solar. O projeto, que está em expansão, visa abastecer toda a cidade, que possui 600 mil habitantes. A companhia geradora de energia confirma que o preço do investimento é três vezes mais caro que os convencionais, mas o retorno é garantido. No futuro não haverá custos para obter combustível.

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