segunda-feira, 26 de maio de 2008
Desenvolvimento sustentável é preciso
Cristina Tosta
O maior desafio atualmente para as nações de todo o mundo é continuar crescendo economicamente sem destruir o meio ambiente. Empresas, entidades não-governamentais e até cidadãos comuns já se mostram preocupados com isso. Baseiam-se na idéia de se desenvolver para suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das gerações futuras. Isto se chama desenvolvimento sustentável.
A idéia foi criada pelas Nações Unidas por meio da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento que servia para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: desenvolvimento econômico e conservação ambiental.
A sociedade mundial deve usufruir os recursos do planeta de forma consciente, sem apenas explorá-los inconseqüentemente. Senão, os resultados são cada vez mais fenômenos catastróficos, nos quais a natureza se mostra furiosa.
No Brasil, faltam medidas básicas como investimento em educação para começar a falar de desenvolvimento sustentável. Esta é a opinião do professor de geografia, Jorge Duarte. Além disso, seria importante que as pessoas também tivessem trabalho e comida para se alimentarem. “Como você vai dizer a uma pessoa para não pescar na época do defeso se ela está com fome?”, questiona o professor.
As providências sugeridas pela ONU (Nações Unidas) são muito úteis, mas deveriam sair do papel. O professor lembra que os principais poluidores, os Estados Unidos, não assinaram o protocolo de Kyoto. E por isso deveria haver uma punição mais severa para frear as emissões de poluição na atmosfera lançadas por países na mesma situação.
Ele cita dois exemplos de desenvolvimento sustentável que deram certo. Um deles é a madeira com certificação emitida pela FSC (Conselho de Manejo Florestal), uma ONG com sede no México, mas presente em 34 países cujos membros são representantes de empresas, governos e sociedade civil. Funciona da seguinte maneira: a empresa procura uma organização certificadora da FSC, que vai até a área de extração e certifica a área, não a empresa. A cada dez meses, no máximo, fazem uma inspeção para verificar o manejo sustentável, cuja orientação varia de acordo com a região a ser inspecionada, como áreas de Mata Atlântica ou de terra firme na Amazônia.O Greenpeace também possui um projeto nos moldes deste chamado “Cidade Amiga da Amazônia”.
Um outro exemplo, mas que ainda está a passos lentos, é uma pesquisa desenvolvida em Brasília pela Embrapa Cerrados que transforma esgoto em adubo fertilizante para grãos, como soja e milho.
As autoridades precisam trabalhar rápido para atingir as metas necessárias para crescer economicamente, preservando o planeta para as próximas gerações. “Há um certo exagero em torno de toda essa discussão em torno das atuais mudanças climáticas ocorridas na Terra. Porque no passado também houve essas alterações, porém o planeta não era habitado por humanos. É bom esse alarde para que as pessoas reflitam sobre o que está acontecendo e o que pode acontecer. Existem muitas contradições e uma delas é a quantidade da elevação do nível dos oceanos”, comenta Duarte.
Saiba mais sobre desenvolvimento sustentável
Dicas para o desenvolvimento Sustentável
segunda-feira, 12 de maio de 2008
O mar está invadindo Atafona
Cristina Tosta
Atafona é um distrito do município de São João da Barra, localizado no Norte Fluminense, próximo a cidade de Campos dos Goytacazes no estado do Rio de Janeiro. A combinação de sol, mar e areias monazíticas, que possui vários benefícios medicinais, atraem turistas de diversos lugares. Porém, a paisagem litorânea é de destruição. Inscrições apocalípticas nas paredes dos prédios, construções em ruínas. Ruas e quarteirões que não existem mais. E o mar avançando cada vez mais sobre a cidade.
O rio Paraíba do Sul deságua na praia de Atafona. As fortes ondas do mar invadem a cidade e o processo de erosão marinha transformou, ao decorrer dos anos, as moradias em escombros. O fenômeno ocorre desde a década de 50 e nos últimos 30 anos, mais de 150 casas, em 14 quarteirões foram destruídas.
E uma das causas desse cenário de destruição é a diminuição da força do rio Paraíba do Sul. Essa redução da vazão se deve as represas ao longo do rio que acabam por diminuir e regularizar sua força.
Os habitantes se perguntam se um dia haverá uma trégua. "O Paraíba continua secando e o mar, avançando", lamenta a vendedora Manuela Monteiro. Nascida em São João da Barra, ela viu várias casas irem a baixo. “É muito triste ver o mar e o cenário de destruição”.
Em 2003, foi iniciado o Projeto Atafona, desenvolvido pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). O objetivo é levantar dados para descobrir os principais agentes da dinâmica erosiva e para estimar a velocidade e a intensidade do fenômeno para os próximos anos. Com isso, eles tentam desvendar as possíveis causas da erosão e até mesmo saber que conseqüências o aquecimento global pode trazer à região.
"Atafona fica em uma porção do delta do rio que se projeta em direção ao mar. De pelo menos dez mil anos para cá, o delta como um todo vem avançando em direção ao oceano, tendo em sua ponta mais avançada Atafona e, portanto, sujeita aos processos erosivos", explica o geólogo e um dos coordenadores do projeto Alberto Figueiredo.
Conheça o Projeto Atafona
domingo, 11 de maio de 2008
Porque usar tecidos orgânicos?
Fabiana Ferreira
Roupas orgânicas são feitas de materiais essencialmente naturais e não sintéticos, e que fazem parte de fontes renováveis. Estes tecidos são feitos de materiais como bambu, soja, tencel, algodão, lã, cânhamo e outros feitos de plástico reciclado de garrafas pet. O material de roupas sustentável tornou-se um grande ganho para as empresas que pretendem migrar para a moda politicamente correta, ou digamos ecologicamente correta. A Associação de Comércio de Orgânicos e órgãos reguladores vêm cumprindo seus deveres em relação aos tecidos orgânicos, no que se diz respeito à produção, tingimento e ao manuseio de fibras, como por exemplo, nos tecidos de algodão, lã, seda e o cânhamo.
Os tecidos sustentáveis são produzidos fora das diretrizes e das certificações federais. O mais popular entre eles é o algodão orgânico, pois sua demanda duplicou entre os anos de 2005 e 2008. A estilista gaúcha Claudette Bastos, diz que, “ estes tecidos são muito usados em artigos pessoais, como produtos sanitários, esfregões, fraldas de bebês, roupas de cama, mesa e banho “ . Já a lã orgânica, a seda e o cânhamo são materiais populares. O cânhamo, por se tratar de uma fibra natural altamente durável de fonte renovável, é usado em vestuários, cosméticos e papéis.Para obter-se um material menos rígido, as fibras geralmente são misturadas com o algodão e seda.
Todos estes materiais acima citados possuem suas propriedades naturais anti-bactericidas e absorventes. Embora muitos tecidos possam ser lavados à máquina, os orgânicos requerem cuidados especiais, lavagem a seco ou à mão. E se possível usarem detergentes livres de fosfato e biodegradáveis e secar as roupas no varal para reduzir o consumo de energia. Algumas lavanderias utilizam PERC (percloroetileno), um solvente à base de petróleo conhecido por ser cancerígeno; outras utilizam o DF-2000, um solvente à base de hidrocarbono, prejudicial ao meio ambiente. A reutilização e a reciclagem de materiais sustentáveis fazem parte do movimento de conscientização ambiental. Os métodos da agricultura orgânica ajudam a diminuir nossa exposição a toxinas como os pesticidas e os inseticidas.
Leia mais sobre o assunto :
Roupas orgânicas
Moda Norueguesa
Ecojeans
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Reciclar é economizar energia, chega de desperdício
Fabiana Ferreira
No Brasil, cerca de 40 milhões de pneus são descartados anualmente, a utilização deste produto adquirido através da reciclagem como componente de asfalto, gera um material com qualidade superior, reduzindo custos em relação ao asfalto que é usado normalmente nas estradas e vias públicas brasileiras. Após a degradação de forma indiscriminada contra o meio ambiente, os seres humanos começam a olhar a natureza com outros olhos.
Vendo que precisam urgentemente ou, pelo menos tentarem reduzir o impacto ambiental que se agrava cada vez mais, em questão as condições de sobrevivência das futuras gerações. Por isso, hoje em dia existe uma mudança de atitude em relação à recauchutagem de pneus, que causam sérios impactos ambientais. Segundo o biólogo Alexandre Busfiha , " vários benefícios do reaproveitamento deste material, vêm sendo usado como componente em asfalto, combustível de fornos de cimento proporcionando economia de energia e uma enorme redução de custos, sem falar na maior elasticidade e durabilidade para nossas estradas " .
O Brasil está em 2º lugar no ranking mundial de recauchutagem de pneus, tendo total reaproveitamento desse resíduo, um mau uso deste produto não só trás danos a natureza, mas também a saúde e a qualidade de vida. Pneus abandonados em locais inadequados, muitas vezes servem de criadouros da dengue. Reciclar é economizar energia, poupar recursos naturais e trazer de volta ao ciclo produtivo o que é jogado fora, contribuindo para diminuição da poluição dos solos, água e ar. Melhora a limpeza das cidades, gera empregos direitos para população e estimula a concorrência. Contribui com a limpeza e desenvolve hábitos ecologicamente corretos.
Leia mais sobre o assunto:
Ficha técnica
Portal ambiental
São ecológicos
Vídeo :
Pneus reciclados
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Vendo que precisam urgentemente ou, pelo menos tentarem reduzir o impacto ambiental que se agrava cada vez mais, em questão as condições de sobrevivência das futuras gerações. Por isso, hoje em dia existe uma mudança de atitude em relação à recauchutagem de pneus, que causam sérios impactos ambientais. Segundo o biólogo Alexandre Busfiha , " vários benefícios do reaproveitamento deste material, vêm sendo usado como componente em asfalto, combustível de fornos de cimento proporcionando economia de energia e uma enorme redução de custos, sem falar na maior elasticidade e durabilidade para nossas estradas " .
O Brasil está em 2º lugar no ranking mundial de recauchutagem de pneus, tendo total reaproveitamento desse resíduo, um mau uso deste produto não só trás danos a natureza, mas também a saúde e a qualidade de vida. Pneus abandonados em locais inadequados, muitas vezes servem de criadouros da dengue. Reciclar é economizar energia, poupar recursos naturais e trazer de volta ao ciclo produtivo o que é jogado fora, contribuindo para diminuição da poluição dos solos, água e ar. Melhora a limpeza das cidades, gera empregos direitos para população e estimula a concorrência. Contribui com a limpeza e desenvolve hábitos ecologicamente corretos.
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segunda-feira, 5 de maio de 2008
ECOLOGIA: Salvem as baleias, os peixes e o mar
Renata Monteiro
Há seis anos, uma baleia minke foi encontrada morta na Normandia, no Norte da África, com 800 quilos de sacolas plásticas no estômago. Segundo o programa ambiental das Nações Unidas, existem 46 mil fragmentos de plástico em cada 2,5 quilômetros quadrados da superfície dos oceanos. Isso significa que a substância corresponde a 70% da poluição marinha por resíduos sólidos.
A sociedade está mais consciente dos danos que o homem tem causado ao meio ambiente no último século. Mudanças climáticas em todo o mundo têm alarmado os governantes dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Unidos, buscam soluções para minimizar as ações e conseqüências causadas pela poluição das indústrias, do lixo sólido e etc. Uma das grandes preocupações no momento são as sacolas plásticas distribuídas em todos os supermercados e lojas no mundo. Acostumadas a carregar as compras, as pessoas incorporaram as sacolas plásticas no cotidiano. Utilizam-se delas para forrar latas e abrigar o lixo doméstico. E aí começa o problema. Onde não existe a coleta seletiva, todo esse plástico termina em aterros sanitários e lixões a céu aberto, dificultando e impedindo a decomposição de materiais biodegradáveis.
Quando as sacolas saem das cidades e chegam aos rios e mares, além da poluição residual, causam o afogamento de alguns animais que confundem as sacolas com alimentos. O plástico é capaz de engasgar baleias e outros animais de pequeno, médio e grande porte, causando a sua morte.Cientistas brasileiros do Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de São Paulo (IPT/USP) desenvolveram um plástico derivado do açúcar de cana. A estimativa de decomposição do produto é de 60 dias. O custo é mais elevado, o que atrapalha previsões sobre o alcance do produto.
Leia também
Biodegradável http://www.nobelpack.com.br/
http://idgnow.uol.com.br/mercado/2007/05/21/idgnoticia.2007-05-21.8640725136/
Lixões http://www.institutogea.org.br/2b.htm
Meio ambiente http://www.mma.gov.br/
Aterros sanitários http://www.institutogea.org.br/2b.htm
Saco plástico http://pt.wikipedia.org/wiki/Saco_de_pl%C3%A1stico
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Há seis anos, uma baleia minke foi encontrada morta na Normandia, no Norte da África, com 800 quilos de sacolas plásticas no estômago. Segundo o programa ambiental das Nações Unidas, existem 46 mil fragmentos de plástico em cada 2,5 quilômetros quadrados da superfície dos oceanos. Isso significa que a substância corresponde a 70% da poluição marinha por resíduos sólidos.
A sociedade está mais consciente dos danos que o homem tem causado ao meio ambiente no último século. Mudanças climáticas em todo o mundo têm alarmado os governantes dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Unidos, buscam soluções para minimizar as ações e conseqüências causadas pela poluição das indústrias, do lixo sólido e etc. Uma das grandes preocupações no momento são as sacolas plásticas distribuídas em todos os supermercados e lojas no mundo. Acostumadas a carregar as compras, as pessoas incorporaram as sacolas plásticas no cotidiano. Utilizam-se delas para forrar latas e abrigar o lixo doméstico. E aí começa o problema. Onde não existe a coleta seletiva, todo esse plástico termina em aterros sanitários e lixões a céu aberto, dificultando e impedindo a decomposição de materiais biodegradáveis.
Quando as sacolas saem das cidades e chegam aos rios e mares, além da poluição residual, causam o afogamento de alguns animais que confundem as sacolas com alimentos. O plástico é capaz de engasgar baleias e outros animais de pequeno, médio e grande porte, causando a sua morte.Cientistas brasileiros do Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de São Paulo (IPT/USP) desenvolveram um plástico derivado do açúcar de cana. A estimativa de decomposição do produto é de 60 dias. O custo é mais elevado, o que atrapalha previsões sobre o alcance do produto.
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Biodegradável http://www.nobelpack.com.br/
http://idgnow.uol.com.br/mercado/2007/05/21/idgnoticia.2007-05-21.8640725136/
Lixões http://www.institutogea.org.br/2b.htm
Meio ambiente http://www.mma.gov.br/
Aterros sanitários http://www.institutogea.org.br/2b.htm
Saco plástico http://pt.wikipedia.org/wiki/Saco_de_pl%C3%A1stico
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ENERGIA NUCLEAR - desenvolvimento e perigo
Bruno Poppe
A energia nuclear sem dúvida alguma é a mais controversa, é a terceira fonte mais usada no mundo, em países como França, Alemanha, Estados Unidos, Suécia, Paquistão, Índia, e muito outros, inclusive Brasil.
A energia nuclear possui vantagens como não utilizar combustíveis fósseis e não soltar gases poluentes. É considerada energia limpa. Segundo o Minsitério de Ciência e Tecnologia, a tecnologia é madura e comprovada. No Brasil é representada pelas usinas de Angra I e II, responsáveis pelo abastecimento de 40% do estado do Rio de Janeiro. O Brasil possui uma das maiores reservas do mundo de urânio, suficiente para o abastecimento doméstico e exportação de excedentes.
Embora seja considerada energia limpa, o que se discute é a real necessidade de sua utilização no Brasil, uma vez que somos tão ricos em outras possibilidades, principalmente em recursos hídricos. Uma catástrofe ocorreu na cidade de Chernoibil em 1986, quando o quarto reator da usina explodiu, ocasionando milhares de mortes, mazelas físicas às gerações futuras que se expuseram à radiação, além da inutilização de um enorme área que, até hoje é contagiosa. O lixo nuclear também é um problema muito sério, uma vez que sua armazenagem requer procedimentos específicos e dispendiosos durante muitos anos.
A energia nuclear sem dúvida alguma é a mais controversa, é a terceira fonte mais usada no mundo, em países como França, Alemanha, Estados Unidos, Suécia, Paquistão, Índia, e muito outros, inclusive Brasil.
A energia nuclear possui vantagens como não utilizar combustíveis fósseis e não soltar gases poluentes. É considerada energia limpa. Segundo o Minsitério de Ciência e Tecnologia, a tecnologia é madura e comprovada. No Brasil é representada pelas usinas de Angra I e II, responsáveis pelo abastecimento de 40% do estado do Rio de Janeiro. O Brasil possui uma das maiores reservas do mundo de urânio, suficiente para o abastecimento doméstico e exportação de excedentes.
Embora seja considerada energia limpa, o que se discute é a real necessidade de sua utilização no Brasil, uma vez que somos tão ricos em outras possibilidades, principalmente em recursos hídricos. Uma catástrofe ocorreu na cidade de Chernoibil em 1986, quando o quarto reator da usina explodiu, ocasionando milhares de mortes, mazelas físicas às gerações futuras que se expuseram à radiação, além da inutilização de um enorme área que, até hoje é contagiosa. O lixo nuclear também é um problema muito sério, uma vez que sua armazenagem requer procedimentos específicos e dispendiosos durante muitos anos.
ENERGIA SOLAR - mal utilizada
Bruno Poppe
No Brasil o uso mais representativo é o residencial, principalmente na região sudeste, onde há sol e capital. Sim, pois a tecnologia ainda custa caro, ainda mais se levarmos em conta sua eficiência, bem menor se comparada às outras fontes tradicionais, como o gás natural.
O aquecimento de água tem sido a utilização mais corriqueira. Em Belo horizonte, já passa de mil, o número de prédios com essa tecnologia. É provável que no futuro, a captação solar já esteja presente em um grande número de residências e outros estabelecimentos. Por ser abundante, renovável e limpa, a tendência é tornar-se cada vez mais barata devido ao movimento normal do mercado tecnológico. Para se ter uma idéia, o aquecimento de água de um hotel, é responsável por 25% da energia total consumida, valor que equivale de 5% a 15% do faturamento. Em residências a economia pode chegar a 30%, principalmente onde há uso de chuveiros elétricos.
A energia solar é também uma excelente solução para áreas ermas, rurais e pouco povoadas, locais onde é inviável financeiramente a condução de energia convencional. Cerca de 15% da população brasileira ainda não tem acesso a eletricidade, principalmente nas regiões centro-oeste, norte e nordeste. Existem projetos que visam cumprir metas locais e específicas, como bombeamento de água para abastecimento domestico, irrigação e piscicultura, sistemas de uso público como iluminação de rua, escolas e hospitais, produção de gelo e dessalinização da água.
De qualquer maneira, a energia solar ainda engatinha no Brasil, mal é sabido seu potencial. Em uma escala mundial, estima-se que o sol produza diariamente energia para abastecer 10 mil vezes o consumo mundial.
Na Espanha, a Torre do Sol abastece a cidade de Sevilha. Gigantescos painéis solares concentram irradiação para um ponto de um torre com 40m de altura. É o que se tem de mais moderno em termos de energia solar. O projeto, que está em expansão, visa abastecer toda a cidade, que possui 600 mil habitantes. A companhia geradora de energia confirma que o preço do investimento é três vezes mais caro que os convencionais, mas o retorno é garantido. No futuro não haverá custos para obter combustível.
No Brasil o uso mais representativo é o residencial, principalmente na região sudeste, onde há sol e capital. Sim, pois a tecnologia ainda custa caro, ainda mais se levarmos em conta sua eficiência, bem menor se comparada às outras fontes tradicionais, como o gás natural.
O aquecimento de água tem sido a utilização mais corriqueira. Em Belo horizonte, já passa de mil, o número de prédios com essa tecnologia. É provável que no futuro, a captação solar já esteja presente em um grande número de residências e outros estabelecimentos. Por ser abundante, renovável e limpa, a tendência é tornar-se cada vez mais barata devido ao movimento normal do mercado tecnológico. Para se ter uma idéia, o aquecimento de água de um hotel, é responsável por 25% da energia total consumida, valor que equivale de 5% a 15% do faturamento. Em residências a economia pode chegar a 30%, principalmente onde há uso de chuveiros elétricos.
A energia solar é também uma excelente solução para áreas ermas, rurais e pouco povoadas, locais onde é inviável financeiramente a condução de energia convencional. Cerca de 15% da população brasileira ainda não tem acesso a eletricidade, principalmente nas regiões centro-oeste, norte e nordeste. Existem projetos que visam cumprir metas locais e específicas, como bombeamento de água para abastecimento domestico, irrigação e piscicultura, sistemas de uso público como iluminação de rua, escolas e hospitais, produção de gelo e dessalinização da água.
De qualquer maneira, a energia solar ainda engatinha no Brasil, mal é sabido seu potencial. Em uma escala mundial, estima-se que o sol produza diariamente energia para abastecer 10 mil vezes o consumo mundial.
Na Espanha, a Torre do Sol abastece a cidade de Sevilha. Gigantescos painéis solares concentram irradiação para um ponto de um torre com 40m de altura. É o que se tem de mais moderno em termos de energia solar. O projeto, que está em expansão, visa abastecer toda a cidade, que possui 600 mil habitantes. A companhia geradora de energia confirma que o preço do investimento é três vezes mais caro que os convencionais, mas o retorno é garantido. No futuro não haverá custos para obter combustível.
ENERGIA EÓLICA - a que mais cresce
Bruno Poppe
“Denomina-se energia eólica a energia cinética contida nas massas de ar em movimento (vento). Seu aproveitamento ocorre por meio da conversão da energia cinética de translação em energia cinética de rotação, com o emprego de turbinas eólicas, também denominadas aerogeradores, para a geração de eletricidade, ou cataventos (e moinhos), para trabalhos mecânicos como bombeamento d’água.”
Esta é a energia que mais cresce no mundo, na ordem de 20% ao ano. Somente em 2004 foram investidos 40 bilhões de dólares em energia eólica. Países como Alemanha, EUA, Dinamarca e Espanha, já possuem mais de 3000MW em energia deste tipo. O crescimento do mercado, aliado às necessidades planetárias, fez com que a Associação Européia de Energia Eólica, estabelecesse novas metas, segundo as quais, até 2020 a energia eólica deverá ser responsável pelo abastecimento de 10% de toda energia requerida no mundo.
Para que a energia eólica seja considerada tecnicamente aproveitável, é necessário que sua densidade seja maior ou igual a 500 W/m2, a uma altura de 50 m, o que requer uma velocidade mínima do vento de 7 a 8 m/s.
No Brasil possuímos um potencial eólico capaz de gerar 60000MW (Megawatts) segundo os estudos mais recentes. Um enorme potencial, que não pode ser desprezado. Atualmente a utilização deste tipo de energia no Brasil é pífia. Possuímos alguns parques eólicos, principalmente no Ceará que geram, somados, 22075 KW. E é só. Existem cerca de 95 parques eólicos outorgados pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), capazes de gerar 6500MW a espera de investimentos.
Boas notícias vêm da Espanha, que possui pouco potencial hídrico, e onde a geração de energia limpa, proveniente dos ventos, ultrapassou as demais fontes. Em horário de pico, a energia eólica respondeu por 25% do abastecimento nacional enquanto a energia nuclear e térmica a carvão respondiam por 16% e 15% respectivamente. Um avanço significativo, que antes de mais nada, vem comprovar ao resto do mundo a eficiência deste tipo de energia, e sua viabilidade econômica, conforme afirma Ricardo Baitelo, do Greenpeace.
Na região Nordeste, há um fato inusitado. As épocas do ano de menor volume hídrico, correspondem a de maior potencial eólico, estudos estão sendo desenvolvidos para que as fontes possam se complementar de acordo com a disponibilidade de cada uma. As possibilidades existem, devemos agora olhar para o futuro como países desenvolvidos, se é essa a nossa pretenção.
“Denomina-se energia eólica a energia cinética contida nas massas de ar em movimento (vento). Seu aproveitamento ocorre por meio da conversão da energia cinética de translação em energia cinética de rotação, com o emprego de turbinas eólicas, também denominadas aerogeradores, para a geração de eletricidade, ou cataventos (e moinhos), para trabalhos mecânicos como bombeamento d’água.”
Esta é a energia que mais cresce no mundo, na ordem de 20% ao ano. Somente em 2004 foram investidos 40 bilhões de dólares em energia eólica. Países como Alemanha, EUA, Dinamarca e Espanha, já possuem mais de 3000MW em energia deste tipo. O crescimento do mercado, aliado às necessidades planetárias, fez com que a Associação Européia de Energia Eólica, estabelecesse novas metas, segundo as quais, até 2020 a energia eólica deverá ser responsável pelo abastecimento de 10% de toda energia requerida no mundo.
Para que a energia eólica seja considerada tecnicamente aproveitável, é necessário que sua densidade seja maior ou igual a 500 W/m2, a uma altura de 50 m, o que requer uma velocidade mínima do vento de 7 a 8 m/s.
No Brasil possuímos um potencial eólico capaz de gerar 60000MW (Megawatts) segundo os estudos mais recentes. Um enorme potencial, que não pode ser desprezado. Atualmente a utilização deste tipo de energia no Brasil é pífia. Possuímos alguns parques eólicos, principalmente no Ceará que geram, somados, 22075 KW. E é só. Existem cerca de 95 parques eólicos outorgados pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), capazes de gerar 6500MW a espera de investimentos.
Boas notícias vêm da Espanha, que possui pouco potencial hídrico, e onde a geração de energia limpa, proveniente dos ventos, ultrapassou as demais fontes. Em horário de pico, a energia eólica respondeu por 25% do abastecimento nacional enquanto a energia nuclear e térmica a carvão respondiam por 16% e 15% respectivamente. Um avanço significativo, que antes de mais nada, vem comprovar ao resto do mundo a eficiência deste tipo de energia, e sua viabilidade econômica, conforme afirma Ricardo Baitelo, do Greenpeace.
Na região Nordeste, há um fato inusitado. As épocas do ano de menor volume hídrico, correspondem a de maior potencial eólico, estudos estão sendo desenvolvidos para que as fontes possam se complementar de acordo com a disponibilidade de cada uma. As possibilidades existem, devemos agora olhar para o futuro como países desenvolvidos, se é essa a nossa pretenção.
TERMELÉTRICA – o atraso
Bruno Poppe
As usinas termelétricas, juntamente com as usinas nucleares de Angra I e II, no Rio de Janeiro, respondem por 17% da geração de energia nacional, 80% das quais utilizam o gás natural, fóssil e não renovável, além do carvão, óleo diesel e gasolina.
Combustíveis menos poluentes, mais baratos e renováveis como a biomassa, bagaço de cana-de-açúcar e resíduos urbanos, estão sendo testados através de uma parceria entre o PNUD (Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento), Ministério da Ciência e Tecnologia e GEF (Fundo para o Meio Ambiente). Estes combustíveis já são utilizados para geração de energia das próprias usinas. Estudos estimam que a troca de combustíveis tradicionais por biomassa proporcionaria um redução de 44 milhões de toneladas nas emissões de CO2 na atmosfera. Este número equivale a 18% das 237 milhões de toneladas que o setor de transporte e geração de energia lançam anualmente. Segundo as diretrizes de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Kioto, emissões comprovadamente reduzidas geram crédito carbono, que poderiam ser vendidos a outros países, gerando um aporte de capital em torno de US$100 milhões para as termelétricas brasileiras.
As usinas termelétricas são, de longe, as que mais poluem, responsáveis por 2/3 das emissões dos gases de efeito estufa. Por mais que se realizem estudos para aumentar a eficiência da relação entre o custo e o benefício do processo, o ideal seria a diminuição gradativa destas usinas. Além da contaminação do ar, são responsáveis também por chuvas ácidas nas regiões próximas. Outro grande problema é a quantidade de água utilizada para geração do vapor, obrigatório pra o acionamento das turbinas.
Muitas empresas possuem usinas próprias, como a Bayer, Latasa, Globo, Souza Cruz, Brahma, entre outras. Seria lindo se pudéssemos ver ventiladores eólicos ou placas solares nos parques privados, ao invés de gigantescas chaminés cuspindo negra fumaça. E porque isso não acontece? Nos próximos posts, sobre as energias do futuro.
As usinas termelétricas, juntamente com as usinas nucleares de Angra I e II, no Rio de Janeiro, respondem por 17% da geração de energia nacional, 80% das quais utilizam o gás natural, fóssil e não renovável, além do carvão, óleo diesel e gasolina.
Combustíveis menos poluentes, mais baratos e renováveis como a biomassa, bagaço de cana-de-açúcar e resíduos urbanos, estão sendo testados através de uma parceria entre o PNUD (Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento), Ministério da Ciência e Tecnologia e GEF (Fundo para o Meio Ambiente). Estes combustíveis já são utilizados para geração de energia das próprias usinas. Estudos estimam que a troca de combustíveis tradicionais por biomassa proporcionaria um redução de 44 milhões de toneladas nas emissões de CO2 na atmosfera. Este número equivale a 18% das 237 milhões de toneladas que o setor de transporte e geração de energia lançam anualmente. Segundo as diretrizes de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Kioto, emissões comprovadamente reduzidas geram crédito carbono, que poderiam ser vendidos a outros países, gerando um aporte de capital em torno de US$100 milhões para as termelétricas brasileiras.
As usinas termelétricas são, de longe, as que mais poluem, responsáveis por 2/3 das emissões dos gases de efeito estufa. Por mais que se realizem estudos para aumentar a eficiência da relação entre o custo e o benefício do processo, o ideal seria a diminuição gradativa destas usinas. Além da contaminação do ar, são responsáveis também por chuvas ácidas nas regiões próximas. Outro grande problema é a quantidade de água utilizada para geração do vapor, obrigatório pra o acionamento das turbinas.
Muitas empresas possuem usinas próprias, como a Bayer, Latasa, Globo, Souza Cruz, Brahma, entre outras. Seria lindo se pudéssemos ver ventiladores eólicos ou placas solares nos parques privados, ao invés de gigantescas chaminés cuspindo negra fumaça. E porque isso não acontece? Nos próximos posts, sobre as energias do futuro.
HIDRELÉTRICAS – o nosso carro chefe
Bruno Poppe
As usinas hidrelétricas são responsáveis por 80% da geração nacional de energia. Quedas d`água movem turbinas, gerando a eletricidade que dali é distribuída aos consumidores finais. Para a construção destas usinas é necessário o alagamento de grandes áreas a fim de represar a água, desviar o curso dos rios, por vezes desalojar cidades inteiras, entre outros. Embora sua construção implique em sérios danos sócio-ambientais, tem sido entendida como energia limpa, pois não produz resíduos nocivos ao meio-ambiente. Teoria que já encontra controvérsias.
Cientistas afirmam que usinas hidrelétricas emitem gases estufa.
Segundo estudo recente publicado na revista Ciência Hoje, usinas hidrelétricas contribuem na emissão de gases carbônico e metano. Isto se deve ao fato de que o material orgânico acumulado no fundo das grandes áreas alagadas, se decompõem, gerando os gases que sobem em bolhas para a atmosfera. O gás retido no tecido das plantas entram em estado de decomposição e liberam o CH4 (metano), quatro vezes mais poluente que o CO2, que seria liberado caso a matéria orgânica estivesse sobre a superfície. Segundo cientistas, este tipo de emissão corresponde globalmente a 4% das emissões de CO2 e 14% de CH4, um numero bem expressivo se levarmos em consideração a elevada toxidade do gás. O que se imaginava até então ser enegia limpa, pode não ser bem assim.
O Plano Nacional de Energia para 2030 (PNE2030) do Ministério de Minas e Energia, considera uma pequena diminuição no uso de energia proveniente de hiderlétricas, reduzindo a participação de 14,8% para 13,5% no cenário nacional. Os últimos estudos confirmam um potencial nacional hidrelétrico de 260GW (gigawatts), dos quais 174GW estariam em áreas de baixo impacto ambiental, com destaque para a região amazônica (hããã?) onde está grande parte deste potencial. Estima-se que até 2030, 94% de toda capacidade hidrelétrica nacional esteja sendo usada.
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