segunda-feira, 28 de abril de 2008

Problemas causados pela água de lastro

Fabiana Ferreira
Um dos temas mais importantes vem sendo discutido entre biólogos e a IMO – Organização Marítima Internacional. A água de lastro geralmente é recolhida na zona portuária ou em alto-mar, armazenada nos porões dos navios para dar estabilidade as embarcações quando estão navegando sem cargas. Sem esta água corre-se o risco do navio partir ao meio e afundar. Trata-se de um problema global, que causa ameaças ao equilíbrio marinho, danos ao ecossistema, à saúde humana, à biodiversidade e as atividades pesqueiras. O ponto de maior risco está localizado nos portos, pois cerca de 5 bilhões de toneladas ao ano são transferidas no mundo,onde 7 mil espécies de seres vivos são transportados por dia .

Aqui no Brasil estima-se que em média 40 milhões de toneladas de água de lastro são lançadas em nosso oceano. Mas, segundo o biólogo Alexandre Busfiha, existe uma forma de prevenção e tratamento. ” Tendo um bom gerenciamento e controle, pode se reduzir à introdução de espécies indesejáveis, efetuando a troca de água de lastro em alto - mar com uma profundidade superior a 500 metros ” . Afirmando ainda, ser um dos métodos mais efetivos e preventivos, de baixo custo e ambientalmente aceitável, pois o meio ambiente oceânico não serve de habitat a organismos de águas costeiras. Até pouco tempo atrás surgiam alguns relatos de espécies não nativas do nosso país, introduzidas através da água de lastro, bem como o molusco bivalve, um mexilhão originário da China.

Que provoca obstrução nas tubulações das companhias de abastecimento de água, entupimento de turbinas de hidrelétricas e causando enormes prejuízos. Além de afetar a pesca de populações que vivem desta ferramenta e prejudicando o sistema de refrigeração e motores de pequenas embarcações. E a boa notícia, é que o Brasil é o único membro da América Latina a alertar e incentivar os países latinos, no combate á introdução de espécies ameaçadoras aos mares .


Leia mais sobre o assunto:

Organização Marítima Internacional

Fique por dentro

Nota dez


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segunda-feira, 21 de abril de 2008

Qual será o destino do lixo tecnológico no Brasil

Fabiana Ferreira

As pressões de organizações ambientais e de grupos de defesa do consumidor vêm surtindo efeitos positivos na eliminação dos componentes tóxicos dos eletrônicos e na responsabilização dos fabricantes pela destinação do lixo tecnológico. Embora ainda não haja punição para empresas que não trabalhem de forma responsável, existe um progresso relativo dos fabricantes na eliminação de substâncias tóxicas e na elaboração de políticas de coleta e reciclagem.


Com isso geram indiretamente informações para os consumidores interessados em escolherem fornecedores com responsabilidade sócio-ambiental. Há um projeto de Lei Nacional de Resíduos Sólidos, que tramita na Câmara dos Deputados, de fundamental importância à aprovação desta Lei. Para que possamos garantir a responsabilização dos fabricantes com a coleta de lixo seletiva, pois assim evitaremos que materiais de resíduos eletrônicos acabem indo para o lixo comum. Dessa maneira será possível interferir no sistema de produção, impondo a aplicação de tecnologias mais limpas, matéria-prima menos nociva ao meio ambiente.

Segundo pesquisa realizada pela " Escola de Administração de Empresas de São Paulo " , FGV-Fundação Getúlio Vargas, o lixo tecnológico ainda não chegou ao Brasil, talvez por falta de informação. Aqui no Brasil, receber eletrônicos para remanufaturar e doar, ou reciclar, só são praticados por fabricantes, em duas situações : máquinas que retornam após um período de aluguel - leasing, ou para peças devolvidas em período de garantia. Em São Paulo existe um Museu do Computador, que foi criado por José Carlos Valle, onde se pode encontrar verdadeiras relíquias, como equipamentos enormes dos anos 60, sem contar na coleção de softwares que estão fora de uso.

Leia mais sobre o assunto:


Museu do computador

Agência Ambiental dos EUA


Coleta Eficiente


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segunda-feira, 7 de abril de 2008

Consumir de modo responsável

Fabiana Ferreira

O Sitio do Moinho localizado em Itaipava na Serra de Petrópolis, estado do Rio de Janeiro, é um dos principais produtores de produtos orgânicos do estado, com uma área de sete hectares de terra. Através de uma consultoria para criação de uma horta, surge então o Sítio em 1989.

Com o objetivo de proporcionar a todos uma alimentação saudável, através do plantio e desenvolvimento de produtos totalmente naturais, sem o uso de aditivos químicos, o projeto cresceu devagar, na propaganda boca a boca, até que em 1997, receberam o convite para entrar nos supermercados. Com uma vasta gama de produtos como pães, verduras, legumes, laticínios, carne, grãos, cereais, sucos, conservas e ervas da horta.

Contam também com alguns importados: massas, farinha de trigo italiana, azeitonas, passas, azeite, sementes girassol, linhaça, aveia, e ervas desidratadas da Argentina. Tudo produzido sem agrotóxicos. " Importam esses produtos, ou porque o Brasil não os produz, ou porque o que existe é muito inconsistente em termos de qualidade e disponibilidade, afirma a proprietária Ângela Thompson " . Atualmente, a discussão sobre as questões ambientais, traz um nível de exigência maior, onde os orgânicos podem passar a ser visto como alimentos que não poluem, dentro de um quadro mais amplo de consumo consciente. Com a necessidade de uma alimentação saudável, há um conceito que vem sendo cada vez mais difundido, como os riscos em relação ao excesso de açúcar, gordura e alimentos processados, que podem causar riscos de doenças do coração, diabetes, etc.

Mesmo existindo desconhecimento sobre seu significado, os produtos orgânicos durante muito tempo, eram confundidos com hidropônico - um dos motivos que levou Ângela e Dick Thompson a desenvolverem um trabalho junto às escolas municipais próximas a região serrana. " As crianças aprendem a plantar dentro do conceito orgânico, onde podem cuidar, colher o que plantou e levar para casa,explicam os proprietários ". Como existem duas empresas dentro do Sitio, a horta e a comercializadora, cada um delas tem um comitê representativo que responde pelas aspirações do grupo.

Nessa questão social, as decisões são tomadas em conjunto, onde a voz do funcionário é ouvida. Existe um ponto zero a partir do qual o Sitio começa a atuar em relação aos funcionários, estabelecendo metas a serem alcançadas e há ainda, uma certificadora que monitora o desenvolvimento dessas ações.

O Sítio do Moinho também conta com outro selo, o IBD, do Instituto Biodinâmico de Desenvolvimento Rural, considerado hoje a melhor certificadora do país. Os produtos orgânicos certificados por este órgão, precisam estar em dia com a legislação trabalhista, ambiental e sanitária.Um dos pilares do conceito orgânico é o solo vivo, e a salvaguarda de vegetação nativa onde as pequenas vidas existentes tenham seu habitat preservado.

Veja também:
Sites sobre produtos orgânicos
Cia Ecológica do Brasil

Meio Ambiente: O Mal da carne

Camilla Lopes

Comer carne vermelha têm sido uma atitude não recomendada pelos ambientalistas. O motivo? O consumo da carne vermelha, sobretudo a bovina, implica indiretamente no aumento do aquecimento global. A primeira bandeira levantada pelos ambientalistas é a derrubada da mata atlântica e outros tipos de vegetação natural para pastos. Desde o lançamento do documentário An Inconvenient Truth, o ex- candidato a presidência dos Estados Unidos, Al Gore, se tornou o queridinho dos ambientalistas, por tratar em seu documentário o aquecimento global e dentro deste contexto o paradoxo do consumo da carne bovina.
De acordo com os defensores do meio ambiente, a mais inconveniente das verdades é que criar animais para fornecer carne, contribui mais para o aquecimento global do que qualquer outra atividade. “Esse tipo de alimento é um dos que mais consome recursos em sua produção. Estima-se que uma dieta baseada em carne gasta entre duas e quatro vezes mais terra que a vegetariana. Afinal, além do espaço ocupado pelo gado, é preciso plantar para que ele coma.
No mundo, cerca de 16% dos cereais e um terço da pesca são usados para fazer a ração animal. A pecuária também é acusada de ser um motores do desmatamento da Amazônia: a floresta é cortada para dar lugar a pastos.” Define o biólogo e pesquisador da USP, Rogério Tavares.
E se a adoção da salada ocorresse hoje? E se fosse mundial? O impacto imediato seria na economia, pois o consumo de carne movimenta bilhões de dólares por ano no mundo. No Brasil, estados como Goiás, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, os principais pecuaristas do pais, perderiam receitas. Seriam perdas de mais de 1 bilhão de reais em exportações por ano, haveria queda no emprego e na renda de muita gente. A criação é a única fonte de receita para cerca de 20 milhões de pessoas no mundo, segundo um relatório da Organização das Nações Unidas sobre o assunto. Só para se ter uma idéia, o PIB da pecuária foi de 53 bilhões de reais em 2007.

Há outra forma de poluição pela carne bovina: o tratamento que é dado a ela. Para ser processada e vendida a uma cadeia de lanchonetes, por exemplo, existem várias etapas até que esta carne vire um hamburguer. É adcionado pedaços dos intestinos do gado, e com isso, clorifórmio fecais podem parar em um Big Mac. Além desse detalhe, os matadouros estão na mira do Ministério da Agricultura, não só pelas más condições de higiene, como também pelo despejo de restos na natureza, sobretuto nos rios e em lugares como o Nordeste, nos manguezais. Consciência ambiental também é se tornar vegetariano. Pois segundo Rogério Tavares, “é impossível comer carne e ser ambientalista ao mesmo tempo.”
Saiba mais sobre o assunto em:

ECOLOGIA: Fim dos lixões

Renata Monteiro

O projeto de construção dos Aterros Sanitários dá partida através de três consórcios. Teresópolis, Carmo, São José do Rio Preto e Sumidouro formam consórcio na Região Serrana. No Sul-Fluminense, uniram-se Vassouras, Barra do Piraí, Valença e Rio das Flores. Na Baixada Fluminense, Paracambi, Paulo de Frontin, Mendes e Japeri se consorciaram para a implantação de Aterro Sanitário Intermunicipal

O
Ministério do Meio Ambiente investiu R$ 1,2 milhão no programa de construção de aterros sanitários, enquanto a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) entrou com R$ 40 milhões e o Governo do Estado do Rio com R$ 20 milhões.

O objetivo do projeto é acabar com 75
lixões existentes no estado. De acordo com o Prefeito de Vassouras, Eurico Junior, a construção dos aterros sanitário trará uma vida mais digna às comunidades vizinhas aos lixões - que deixarão de conviver com mau cheiro, e o risco de dividir espaço com urubus e roedores, além de preservar o Meio Ambiente.

“Os aterros sanitários são a melhor solução para o lixo que não pode ser reciclado e nem reaproveitado, é uma área preparada para receber o lixo e tratar os gases resultantes da decomposição protegendo o solo, a água e o ar.”

Leia mais:
Disque Pneu:
http://www.ambiente.rj.gov.br/pages/sup_qual_amb/qualidade_projetos/qualidade_disque_pneu.html

Coleta Seletiva:
http://www.ambiente.rj.gov.br/pages/outros_projetos/outrosproj_coletaseletiva.html

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